O próximo dia 20 é dedicado ao Dia Mundial da Osteoporose – uma campanha de sensibilização sobre a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento da doença que afecta uma população diversificada: incluindo idosos, mulheres na pós-menopausa, entre outras.
A doença, que é assintomática, caracteriza-se pelo enfraquecimento progressivo da massa óssea e pode ser diagnosticada através de um exame chamado densitometria óssea. Nos idosos, esse problema pode causar complicações graves, como dificuldade de locomoção e redução da qualidade de vida.
Entre os principais fatores de risco estão:
- Menopausa
- Fumar
- Estilo de vida sedentário
- Alcoolismo
- Genética
- Dieta com baixo teor de cálcio
- Doenças da tireóide
- Doença celíaca
- Artrite reumatoide
- Ingestão excessiva de corticosteróides
Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que cerca de 50% das mulheres e 20% dos homens, a partir dos 50 anos, sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida. Por se tratar de uma doença óssea silenciosa, que progride sem apresentar sinais aparentes, acredita-se que dos 10 a 15 milhões de brasileiros que convivem com a osteoporose, apenas 20% sejam diagnosticados.
Vitamina D e cálcio
Segundo Bárbara Scalon Magro, endocrinologista da clínica Atma Soma, é fundamental suplementar o corpo com vitamina D e cálcio muito antes de se tornar grupo de risco. “O cálcio é um nutriente fundamental relacionado à manutenção da massa óssea. Já a vitamina D tem papel importante na absorção da substância no intestino e mantém seu equilíbrio na corrente sanguínea.”
No caso das mulheres, à medida que a menopausa avança, ocorre uma queda nos níveis de estrogênio. “Isso causa um enfraquecimento progressivo dos ossos, tornando-os mais suscetíveis a fraturas. A suplementação com cálcio e vitamina D ajuda a repor a massa óssea e a fortalecer os ossos”, destaca.
Além da suplementação, Bárbara destaca que o tratamento e a prevenção envolvem um conjunto de multifatores que envolvem não só a ingestão de vitamina D e cálcio, mas também a adoção de uma rotina constante de exercícios físicos e de uma dieta rica em alimentos que contenham cálcio, como leite, queijo, iogurte, legumes, vegetais escuros, amêndoas, sardinha, farinha, entre outros. “A alimentação é essencial desde cedo, pois desta forma o corpo mantém boas reservas de cálcio à medida que envelhecemos.”
Abordagens personalizadas
Para o endocrinologista, a prescrição de vitamina D e cálcio deve ser feita individualmente, de acordo com cada tratamento e condição do paciente, por meio de abordagens personalizadas, para obter o melhor resultado. “É importante que o paciente consulte o endocrinologista para entender o cenário da doença ou possível predisposição para que a abordagem do cuidado seja adequada à sua realidade.”
Além da vitamina D e do cálcio, os medicamentos antirreabsortivos também podem ser incluídos na jornada de tratamento, pois ajudam a prevenir maiores perdas ósseas e a proteger contra a ocorrência de fraturas. “Nos estudos clínicos disponíveis no mercado nota-se que os pacientes que tomaram esse tipo de medicamento acabaram tendo menos fraturas do que aqueles que ingeriram apenas cálcio e vitamina D. Mas vale lembrar que cada caso precisa ser analisado individualmente” , ele afirma.
E, à medida que a osteoporose avança, as complicações podem ir além das fraturas. “Em casos mais avançados, o paciente pode ficar com postura curvada e perder altura, o que leva a uma perda grave de mobilidade e independência para realizar tarefas diárias. Sem falar no aumento do risco de morte”, reforça.
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