“Bulking e cutting”: 10 perguntas para entender essa estratégia alimentar – Jornal Estado de Minas

“Bulking e cutting”: 10 perguntas para entender essa estratégia alimentar – Jornal Estado de Minas



A prática de comer demais e depois cortar radicalmente as calorias, conhecida como bulking and Cutting, vem ganhando cada vez mais adeptos nas academias, inclusive entre os adolescentes. O problema é que muitas pessoas adotam essa estratégia sem orientação ou necessidade, o que pode trazer diversos riscos.

Abaixo, confira 10 perguntas sobre essas práticas e a resposta para cada uma delas:

1. O que é aumentar e cortar?

Esta é uma estratégia que surgiu entre os adeptos do fisiculturismo, com o objetivo de atingir uma composição corporal específica. É dividido em duas fases: inicialmente, o foco é ganhar massa muscular – bulking, termo derivado do inglês bulk, que significa volume ou massa – sem se preocupar com gordura, para maximizar o ganho muscular. Depois vem o Cutting (“cutting” em inglês), em que o objetivo é manter o máximo de massa magra possível e ao mesmo tempo reduzir o percentual de gordura.

“Isso nos permitiria alcançar rapidamente uma mudança na composição corporal, visando uma data limite para a competição, no caso do fisiculturismo”, explica a nutricionista esportiva Gabriela Mieko, que integra a equipe da nutricionista Serena del Favero, do Espaço Einstein Esporte e Reabilitação do Hospital Israelita Albert Einstein.

2. Qual é o princípio subjacente a esta estratégia?

No bulking, ocorre uma ingestão excessiva de alimentos com o objetivo de gerar um excedente calórico, necessário para a construção muscular. Ao cortar, ocorre o contrário: cortar calorias para promover a queima da gordura acumulada.

Porém, a eficácia dessas medidas depende de uma execução criteriosa e de um planejamento adequado, com orientação alimentar, incluindo a escolha de alimentos nutritivos, e um programa de treinamento bem estruturado.

3. Existe consenso sobre a sua eficácia?

Embora funcione na prática, ainda não há consenso científico de que seria a melhor estratégia, segundo Gabriela.

4. Para quem é recomendado?

Essa estratégia é recomendada para quem possui uma base de treinamento sólida e objetivos específicos de alterar significativamente sua composição corporal. É o caso de atletas de musculação e de outros esportes que se beneficiam do aumento de massa magra, mas que devem manter um peso alvo, como os lutadores.
Também pode ser feito por praticantes de musculação avançados, que desejam ganhar massa magra e ter boa adesão a um plano alimentar, com orientação de profissional especializado.

5. Quem não deveria fazer isso?

“Na verdade, não é a estratégia mais adequada para a maioria das pessoas”, responde Gabriela Mieko. “Os iniciantes no fisiculturismo podem se beneficiar de um programa de treinamento e alimentação mais equilibrado e menos extremo.”

Além disso, algumas condições específicas de saúde, como diabetes, enxaquecas crônicas, desconforto gastrointestinal e distúrbios alimentares, podem ser agravadas por mudanças drásticas na dieta.
Pessoas que têm dificuldade em manter uma relação saudável com a alimentação merecem atenção especial, pois, sem acompanhamento, essa estratégia pode levar a comportamentos alimentares desordenados.

6. Os adolescentes podem fazer isso?

Nessa faixa etária a estratégia não é recomendada pois o metabolismo já é favorável ao ganho de massa. “O acúmulo de gordura não seria interessante considerando a saúde e o metabolismo a longo prazo”, afirma nutricionista. “Além disso, é uma fase em que os hábitos alimentares são construídos de forma importante para a vida adulta, o que também influencia outras questões sociais que envolvem a alimentação e uma relação saudável com a comida.”

7. Existem riscos?

Como qualquer estratégia de nutrição e treino, existem riscos se não for feita corretamente. Pode haver ganho excessivo de gordura durante o bulking, se a ingestão calórica for muito alta, e perda de massa muscular durante o Cutting, se o déficit for grave.

“Muitas pessoas se preocupam com calorias e macronutrientes [carboidratos, gorduras e proteínas] e esqueça os micronutrientes [vitaminas e minerais], o que pode levar a deficiências nutricionais, principalmente durante o corte”, explica a nutricionista. Problemas metabólicos e hormonais também podem ocorrer devido às mudanças drásticas na ingestão calórica entre as duas fases.

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8. Que cuidados você deve tomar antes de começar?

Para uma prática segura e eficaz, é necessário consultar um nutricionista. Esse profissional poderá avaliar a segurança e saber se é a melhor estratégia para aquela pessoa, além de estabelecer a duração do programa. A monitorização, realizada em conjunto com o formador, ajustará as necessidades individuais e monitorizará o progresso.

9. Preciso fazer ajustes na academia?

Os treinos devem ser adaptados de acordo com a fase (bulking ou Cutting) e acompanhados de perto tanto pelo profissional de educação física quanto pelo profissional de nutrição.

10. O bulking e o Cutting substituem outras estratégias para perder peso e ganhar massa?

“São estratégias pontuais e específicas num plano alimentar e de treino, voltado para um objetivo específico de curto prazo”, lembra Gabriela. Portanto, não substituem uma alimentação balanceada e bem orientada.

Vale lembrar que uma alimentação saudável, com ingestão adequada de nutrientes, atividade física regular e sono de qualidade continuam sendo fundamentais para quem busca uma boa saúde.



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