Brumadinho: Fiocruz encontra metais pesados em amo…

Brumadinho: Fiocruz encontra metais pesados em amo…



Estudo apresentado nesta sexta-feira, 23, pela Fiocruz revela que 100% das amostras de urina coletadas de crianças no Brumadinho tinha a presença de pelo menos um dos cinco metais pesados ​​(cádmio, arsênico, mercúrio, chumbo e manganês). Os dados são de 2023, quatro anos após o rompimento da barragem, e revelam também aumento na prevalência de doenças crônicas, respiratórias e psiquiátricas na população atingida pelo acidente.

O principal metal encontrado acima dos valores de referência nas coleções infantis é arsênicocujo percentual de detecção passou de 42% em 2021, quando a instituição iniciou o Programa de Ações Integradas de Saúde, para 57% em 2023. O mesmo elemento também foi encontrado acima dos níveis seguros em 20% dos adultos e 9% dos adolescentes.

Especialistas explicam que a mera presença do metal não é suficiente para o diagnóstico e que avaliações clínicas são necessárias para procurar sintomas de intoxicação, como dor abdominal, vermelhidão e fraqueza. Independentemente disso, os resultados indicam que a população continua exposta a estes elementos. “É preciso que haja um estudo sobre as fontes de exposição, não só na água, como já é feito, mas também no solo, no ar e em outras possíveis fontes”, afirma. Sérgio Peixotopesquisador da Fiocruz Minas, em comunicado.

Apesar disso, a saúde geral das crianças não parece ter piorado. Ao aplicar o teste Denver II, os pesquisadores perceberam uma redução no número de crianças com risco de atraso no desenvolvimento, passando de 42,5% em 2021 para 28,3% em 2023. Além disso, o número de crianças obesas ou com sobrepeso aumentou de 11% para 4,6% e de 12,5% para 4,6%, movimento que os especialistas atribuem ao fim da pandemia.

Como estava a saúde da população de Brumadinho?

A pesquisa também investigou a presença de doenças na população. Embora a maioria classifique sua saúde como boa ou muito boa, entre 2021 e 2023 houve aumento de diagnósticos de hipertensão (de 27,9% para 30%), colesterol alto (20,9% a 28,5%), problemas crônicos nas costas (de 19,7% para 22,8%) e diabetes de (8,7% para 10,7%). Entre os dois anos, também houve aumento dos sintomas de irritação nasal, dormência e cólicas e tosse seca nos 30 dias anteriores à pesquisa.

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Entre os adolescentes, alguns dados foram preocupantes. De 2021 a 2023, diagnósticos de asma aumentou de 12,7% para 14%; o colesterol elevado aumentou de 4,7% para 10,1%; de enfisema, bronquite crônica e doença pulmonar obstrutiva crônica aumentada em 2,7% a 10,7%. “Asma e doenças pulmonares crônicas foram notificadas de duas a três vezes mais na população de Brumadinho em comparação com toda a população brasileira”, diz Peixoto.

Isso se refletiu na utilização dos serviços de saúde. Entre os adultos, o número de três ou mais consultas no ano aumentou de 28,6% em 2021 para 53,7% em 2023. Os profissionais dos Cuidados de Saúde Primários foram a principal referência para cerca de 65% dos utentes. “A elevada utilização dos serviços de saúde e a menção ao serviço público como principal referência de atendimento demonstram a grande procura do SUS no município, mas também o grande potencial deste sistema para a realização de intervenções eficazes que visem minimizar impactos sobre saúde. saúde da população”, diz Peixoto.

O que a pesquisa revela sobre a saúde mental em Brumadinho?

Em relação aos quadros psiquiátricos, o levantamento da Fiocruz mostrou poucas diferenças entre 2023 e 2021, mas os números ainda são maiores entre os moradores de Brumadinho do que no restante da população. Os diagnósticos de depressãopor exemplo, aumentou de 9,9% para 10,6% entre adolescentes e de 21,3% para 22,3% entre adultos. Os diagnósticos de ansiedade e os problemas de sono permaneceram em torno de 32,7%.

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Apesar da pouca diferença nos diagnósticos, a análise com as escalas Questionário de Saúde do Paciente-9-PHQ-9 e Transtorno de Ansiedade Geral -GAD7 mostram que, entre os adultos, 38,4% tiveram episódio depressivo maior e 30,8% tiveram transtorno de ansiedade em 2023. Entre os adolescentes, esses números foram de 31,4% e 23,3%, respectivamente. Todos os números foram consideravelmente superiores aos reportados em 2021.

Para Peixoto, é preciso uma melhor mobilização. Segundo ele, “esses números mostram a necessidade de avaliar ações voltadas à saúde mental no município, dada a manutenção de uma elevada carga de transtornos mentais na população nos dois anos avaliados. É preciso priorizar estratégias intersetoriais, considerando a complexidade do problema e as especificidades de cada território.”



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