Andar de bicicleta é uma atividade acessível, divertida e de baixo impacto e traz alguns benefícios adicionais à saúde. Um estudo recente mostra que esta prática está associada a um menor risco de osteoartrite do joelho. “A osteoartrite é uma doença degenerativa e inflamatória que provoca a destruição da cartilagem articular e leva à deformidade articular. Este processo degenerativo é complexo e começa com o envelhecimento. Mas muitas pessoas não têm certeza se podem ou não fazer exercícios. E de fato, sabe-se que alguns exercícios, como o ciclismo, podem ser um tratamento eficaz para retardar os danos que ocorrem na articulação, além de reduzir a dor”, explica o ortopedista especialista em traumatologia do joelho e esportiva, membro do Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), Marcos Cortelazo.
Segundo o médico, muitas vezes alguns tipos de atividade física precisam até ser introduzidos como complemento de alguns tratamentos. “Pessoas com dores nos joelhos, a princípio, devem evitar atividades de alto impacto como corrida, esforços repetitivos de alta intensidade como CrossFit e aqueles que envolvam excesso de peso. Mas os exercícios físicos que fortalecem os músculos sem impacto são os mais recomendados. Os destaques aqui são musculação, pilates e ciclismo entre os mais recomendados”, explica Marcos.
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De acordo com trabalhos científicos, pessoas que andavam de bicicleta, seja ao ar livre ou na bicicleta ergométrica de uma academia, por exemplo, tinham menos casos de dores frequentes nos joelhos e eram menos propensas a ter osteoartrite nos joelhos. Segundo Marcos, esses efeitos são diretos (atividade física de baixo impacto e fortalecimento muscular) e indiretos (perda ou controle de peso). “O ganho de peso provoca uma sobrecarga nas articulações com excessivos ‘traumas’ repetitivos da cartilagem e sua degeneração. Por isso, uma recomendação importante para quem está com sobrepeso é a perda de peso, de preferência acompanhada de algum exercício, pois as articulações foram feitas para o movimento”, explica.
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Para começar, 25 a 30 minutos pedalando três dias por semana já podem trazer benefícios. Para retardar a progressão da doença, o médico também recomenda atividades como transporte (aparelhos de ginástica que simulam uma corrida sem impacto), natação, fisioterapia, hidroginástica, musculação, pilates e caminhada. “Todos com baixa carga oferecem proteção às articulações dos joelhos e estimulam o aumento da massa muscular da coxa, que possui músculos muito importantes para os joelhos. Dietas adequadas também são recomendadas, assim como a perda de peso. No caso da fisioterapia também é fundamental em qualquer uma das fases com os seguintes objetivos: controle da dor, manutenção do movimento e fortalecimento. Mas o mais importante é consultar um médico que indicará o tratamento adequado”, recomenda.
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