Amamentação: 10 formas de oferecer apoio a mãe e filho nessa fase – Jornal Estado de Minas

Amamentação: 10 formas de oferecer apoio a mãe e filho nessa fase – Jornal Estado de Minas



Se a amamentação envolve vários desafios para a maioria das mulheres, para outras pode parecer quase impossível – por exemplo, mães com filhos autistas ou com síndrome de Down, recém-nascidos prematuros e com baixo peso ao nascer, aqueles que fizeram cirurgia de mama. , além de casais e famílias LGBTQIA+ que vivenciaram catástrofes ambientais. Este ano, eles são foco da Semana Mundial da Amamentação (SMAM), que acontece de 1º a 7 de agosto.

A data foi instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 1992 após a Declaração de Innocenti, documento que enfatiza ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno. Foi assinado em 1º de agosto de 1990 por diversas organizações, incluindo a OMS e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). No Brasil, a comemoração se estende por todo o mês, denominado Agosto Dourado.

“O tema deste ano é apoiar a amamentação em todas as situações, pois nem sempre damos a devida importância a estes casos. Não estamos preparados para isso, fazemos políticas globais, mas faltam políticas específicas”, analisa a médica que foi coordenadora das ações de amamentação da OMS em Genebra, na Suíça, e participou do encontro que deu origem à Declaração de Innocenti em 1990, Marina Rea, que também é fundadora da Rede Internacional em Defesa do Direito à Amamentação – Rede Internacional de Ação para a Alimentação Infantil (IBFAN).

“Com um manejo correto da amamentação e uma forte rede de apoio, praticamente todas as mães persistem e querem ter sucesso”, reforça a pediatra do Hospital Israelita Albert Einstein e vice-presidente do Departamento Científico de Amamentação da Sociedade de Pediatria de São Paulo, Karina Rinaldo.

E o esforço vale a pena, pois os benefícios do leite materno são consideráveis. “Nenhuma fórmula pode substituí-lo”, lembra Karina Rinaldo. Só para citar alguns, possui todos os nutrientes necessários ao desenvolvimento do bebê, se adapta a cada fase da vida e ajuda a prevenir doenças infecciosas, má oclusão oral e condições crônicas como a obesidade infantil e diabetes, além de estar sempre pronto e na temperatura correta e ser um alimento a custo zero para as famílias.

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O leite também carrega anticorpos produzidos pela mãe, que fortalecem o sistema imunológico, e é rico em um tipo de gordura essencial para o desenvolvimento do sistema nervoso. Para as mulheres, a amamentação facilita a perda de peso e reduz o risco de diversos problemas, como sangramento, depressão pós-parto, câncer de mama e ovário, obesidade e diabetes.

Veja dez fatores que podem fazer toda a diferença na amamentação:

Rede de suporte

“A recomendação mais básica, que vale para todas as situações, é ter a presença de alguém próximo no dia a dia”, afirma Marina Rea. Pode ser marido, esposa, mãe, avó, um amigo — é preciso apoio familiar no dia a dia para que a mãe se dedique ao bebê enquanto outra pessoa cuida da lavagem da louça, por exemplo, ou de coisas mais simples, como como chegar a um copo de água. “O papel do companheiro nesse momento é fundamental”, reforça a pediatra do Einstein.

Ajuda profissional

A amamentação envolve aprendizagem tanto para a mãe como para o filho e cada detalhe é importante, desde o posicionamento do bebé e a pega na mama até ouvir a mãe e compreender o seu estado emocional. Se o pequeno não amamentar corretamente, podem surgir lesões nos mamilos, inflamação nas mamas, baixa produção de leite, entre outros problemas que dificultam a amamentação e agravam o quadro, num círculo vicioso.

“Apesar das dificuldades, com um bom manejo da amamentação, grande parte desses problemas pode ser resolvida”, garante Karina Rinaldo. É preciso buscar apoio de profissionais — médico, pediatra, enfermeiro, consultor de amamentação, nutricionista — que tenham bom conhecimento do tema e estejam atualizados.

Local de nascimento

A amamentação tem mais hipóteses de começar bem se o bebé nascer numa clínica ou hospital que adopte práticas reconhecidas, os chamados 10 passos, que promovem a amamentação. Estas incluem o alojamento conjunto entre mãe e bebê, incentivo à livre demanda (amamentação sem horários definidos) e não oferta de chupeta ou mamadeira desnecessariamente, explicando os riscos de causar desmame precoce ou até mesmo confundir fluxo e bico.

Condições de trabalho

Para as mães que exercem trabalho remunerado, o regresso da licença de maternidade é muitas vezes um desafio. A legislação prevê que as mulheres têm direito a dois intervalos de meia hora para amamentar ou extrair leite até a criança completar seis meses de idade. A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) também estabelece que os estabelecimentos com no mínimo 30 trabalhadoras devem ter local adequado para as funcionárias deixarem os filhos durante o período de amamentação, como creche. Ainda assim, pode ser difícil continuar a amamentar após o término da licença.

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Para as mães que estão no mercado informal, a situação é ainda mais desafiadora. “Eles deveriam ter acesso mais fácil a locais onde possam extrair o leite”, afirma Marina Rea. “Toda sociedade deve apoiar a amamentação, inclusive gestores de empresas públicas e privadas”, concorda Karina Rinaldo.

Informação correta

“Hoje o grande vilão é a má informação no mundo digital”, observa Marina Rea. Existem sites, redes sociais e influenciadores que, às vezes mesmo com boas intenções, não apresentam conteúdos corretos ou mesmo imparciais. “Há excesso de informação, mas não de qualidade”, avalia Karina Rinaldo. “Imagine essas mães nas primeiras horas da manhã, com dores e desejos, sem saber onde procurar orientação.”

Por isso, vale sempre a pena buscar ajuda de profissionais capacitados e atualizados e de fontes confiáveis, como o Ministério da Saúde, ou de instituições de referência, como a Rede Global de Bancos de Leite Humano.

Recepção

“Precisamos ouvir essas mães com os ouvidos bem abertos, sem julgamentos”, afirma a pediatra do Einstein. “Eles já trazem o que sabem, é preciso empatia e boa comunicação para entender suas ansiedades, medos, inseguranças e dúvidas. Só então será possível fornecer orientações adequadas.”

Há quem chegue ao consultório sem querer amamentar e outros que não conseguem por motivos diversos. “Qualquer quantidade de amamentação é melhor do que nenhuma e beneficia o bebê.”

Consulta pré-natal com pediatra

Sempre que possível, é aconselhável consultar o seu pediatra antes do parto. É importante receber orientações básicas sobre como iniciar a amamentação e ter um profissional para pedir ajuda. “Mas, embora seja recomendado pela Academia Americana de Pediatria e pela Sociedade Brasileira de Pediatria, infelizmente ainda não há grande adesão a essa prática”, afirma Karina Rinaldo. O pré-natal é um período importante para orientar sobre o início da amamentação e o enfermeiro também deve fazê-lo.

Evite acessórios como chupetas e mamadeiras

Não se deve oferecer bicos, chupetas e mamadeiras ao seu bebê desnecessariamente, pois podem levar à redução das mamadas e, portanto, à queda na produção de leite — o que está intimamente associado ao desmame precoce. Os protetores mamários de silicone também podem prejudicar a amamentação.

Amamentação na sala de parto

Recomenda-se o contato pele a pele na primeira hora de vida (a chamada hora de ouro) e o incentivo à amamentação na sala de parto, independente da via de parto. Se o bebê nascer em boas condições e isso for possível, pegar o bebê no colo logo após o nascimento traz inúmeros benefícios, como estimular o reflexo da amamentação e a descida do leite (apoio), acalmar e aquecer naturalmente o bebê e melhorar o vínculo. entre mãe e filho, mesmo em partos cirúrgicos.

Cuidando da saúde física e mental

É importante que a mulher entenda que está passando por uma transição hormonal, que é normal sentir-se um pouco triste e que a falta de sono pode piorar a situação. Por isso, é necessário descansar sempre que possível (tentar dormir enquanto o bebê dorme, por exemplo) e manter uma alimentação saudável, pois a amamentação consome muitas calorias. Também é recomendado ter uma boa hidratação.



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