9 mitos e verdades sobre os gatinhos que você precisa saber – Jornal Estado de Minas

Os gatos são animais que despertam curiosidade e deleite. Pesquisas indicam que a coexistência entre humanos e felinos começou há cerca de 10 mil anos, na antiga Mesopotâmia, quando os gatos começaram a ser atraídos para comunidades agrícolas devido à abundância de roedores. Com personalidades misteriosas e características únicas, esses animais rapidamente ganharam um lugar especial ao lado das pessoas.

Apesar dessa longa convivência, muitas crenças sobre os gatos foram transmitidas de geração em geração, mas nem sempre refletem a realidade. Seja pelas suas atitudes enigmáticas ou pelo seu comportamento único, esses animais de estimação continuam a inspirar mitos que perduram até hoje.

Vamos explorar algumas dessas ideias e descobrir mais sobre esta espécie fascinante

Os gatos sempre caem de pé

Mito: Embora seja comum ver imagens de felinos caindo de pé, isso não é uma regra. O que acontece é que a espécie possui o chamado “reflexo de endireitamento”, que é uma combinação da sua percepção de equilíbrio, associada ao sistema vestibular do ouvido interno, e à flexibilidade da sua coluna vertebral. Isso permite que eles girem rapidamente o corpo durante a queda e se posicionem para que possam cair de pé. Porém, dependendo do tipo de queda ou da altura, o animal pode não conseguir cair de pé. Além disso, as quedas podem causar fraturas ou lesões em órgãos internos.

Se você tem um jardim, pode deixar seus gatos livres para se divertirem, pois eles adoram o ambiente arborizado. Mas se quebrarem as plantas, borrife um pouco de água no gato e ele logo voltará para dentro de casa.
Ilona Ilyés pixabay

Apesar de muitas vezes serem vistos como independentes, os gatos adoram carinho.
FREEPIK

Gato – Assim como os cães, os gatos são animais de estimação muito comuns. É verdade que alguns são anti-sociais e mais difíceis de agradar do que um cachorrinho, mas criam lealdade com o ser humano com quem se sentem bem.
Pixabay

Os gatos precisam se manter hidratados, mas é improvável que uma tigela de água os atraia. Para incentivar, deixe a água em movimento. Água pingando ou corrente atrai o gatinho.
rihaij por Pixabay

Agora algumas observações. Embora os gatos exijam menos trabalho do que os cães, é preciso estar atento às suas necessidades. Forneça nutrição correta e cuidados de saúde de um veterinário.
Shanon Pixabay

Não dê leite ao gato, isso é uma fantasia de desenho animado. Ele deve ser alimentado com ração seca ou ração úmida enlatada, própria para seu consumo. A lactose não é bem digerida pelos gatos.
Florian Bollmann por Pixabay

SRD – Gato sem raça definida. Assim como os cães vadios, geralmente são raças mistas, resultantes de cruzamentos entre raças diferentes.
Divulgação Petlove

Gato de Bengala ou Bengala – Surgiu na década de 1960, nos EUA, a partir do cruzamento de gatos domésticos com gatos leopardo asiáticos. Cauda média e grossa. Cabelo curto e fino. Gato malhado forte, parece selvagem, mas é dócil. Vive de 10 a 16 anos.
domínio público

Havana Brown – Resultado do cruzamento de um gato siamês com um gato preto, na Inglaterra, na década de 1950. Geralmente são castanhos, em tom escuro, com olhos verdes que chamam muita atenção. Eles vivem entre 8 e 13 anos.
Wiki comum de Dave Scelfo

Angorá – Originário de Türkiye. Conhecido na Europa desde o século XVII, apresenta pelagem longa e sedosa, com predominância do branco e do laranja. A cor dos olhos varia. Alguns gatos têm um olho de cada cor. Vive de 12 a 18 anos.
Wiki comum de UrieldaCosta

Exótico – Raça que se parece com um gato persa, mas com pelo curto. Resulta do cruzamento do persa com o gato americano de pêlo curto. É robusto e vive de 10 a 15 anos.
Heikki Siltala wiki comum

Persa – Originário do Irã (antiga Pérsia). Tem muito pelo e focinho achatado. Ele mia um pouco, em tom baixo, o que não incomoda. Existem mais de 100 combinações de cores para esses gatos. Vive entre 12 e 17 anos.
Lucas Setin wiki comum

O Brasil tem cerca de 27 milhões de gatos em lares, segundo levantamento do Instituto Pet Brasil. É um dos animais de estimação mais queridos pela população.
Pexels Pixabay

Ronronar é um sinal de satisfação

Verdadeiro: Os felinos ronronam quando estão relaxados. O ruído característico é comum quando estão sendo acariciados ou em ambiente seguro. Os filhotes, por exemplo, ronronam para dizer à mãe que estão bem e seguros. Gatos adultos utilizam sons para se comunicar com seus donos, principalmente quando desejam atenção ou carinho.

Gatos não gostam de carinho

Mito: Apesar de muitas vezes serem vistos como independentes, os gatos adoram carinho, principalmente em áreas como cabeça, pescoço e costas. Porém, a intensidade e a duração do carinho que cada animal desfruta varia de acordo com sua personalidade.

Eles adoram ter uma rotina:

Verdadeiro: Os felinos são animais de hábitos e se sentem mais seguros em ambientes previsíveis. Mudanças repentinas, como alterações no ambiente ou na rotina alimentar, podem gerar estresse. Isso explica porque eles têm horários bem definidos para comer, dormir e explorar.

Os felinos adoram leite:

Mito: Embora o leite materno seja essencial para o bom desenvolvimento e imunidade dos filhotes, ele não deve ser oferecido aos pets adultos. Isso ocorre porque a maioria dos animais de estimação perde a enzima lactase após o desmame, necessária para digerir a lactose presente no leite. Quando os gatos consomem leite, principalmente em grandes quantidades, a lactose não digerida pode causar desconforto gastrointestinal, como diarreia e cólicas.

Eles adoram brincar:

Verdadeiro. Brincar é uma atividade essencial para os gatos. Além de manter o pet ativo, ajudam a manter um ambiente enriquecido, contribuindo para o desenvolvimento físico e mental dos pets.

Mulheres grávidas não podem conviver com felinos:

Mito: Esse mito está relacionado à falta de informação sobre a toxoplasmose, infecção que pode ser transmitida pelas fezes de gatos infectados. Porém, o risco é baixo e pode ser evitado com cuidados simples, como evitar limpar a caixa sanitária ou usar luvas e lavar bem as mãos. Vale ressaltar que gatos domésticos saudáveis ​​e que não consomem proteínas cruas têm poucas chances de contrair o parasita.

Os gatos são noturnos:

Parcialmente verdadeiro: Os gatos são, na verdade, animais crepusculares, o que significa que são mais ativos durante o amanhecer e o anoitecer. Essa característica está relacionada aos seus instintos de caça, já que muitos de seus ancestrais caçavam nesse período.

Sair de casa faz parte do instinto felino.

Mito: Esta informação, amplamente divulgada, não corresponde à realidade. A verdade é que os felinos possuem hábitos e instintos de caça mais apurados do que outros animais domésticos e por isso necessitam de estímulos diferentes. É fundamental investir no enriquecimento ambiental, com brinquedos, postes para arranhar, além de móveis para os gatos escalarem, escalarem e se esconderem. Para quem mora em casa é possível disponibilizar acesso ao quintal, desde que o espaço seja blindado. No caso dos apartamentos, o acesso às varandas pode permitir que o seu animal de estimação observe o exterior. Além disso, as interações diárias com seus donos também são essenciais para o bem-estar do felino.

Vale ressaltar que é fundamental que os donos não permitam que os gatos saiam de casa. Mantê-los no ambiente doméstico é fundamental para a segurança do pet, evitando riscos como atropelamentos, brigas com outros animais, doenças e o perigo de se perder.

Como visto, esses animais são cheios de nuances. Conhecê-los com mais profundidade, separando mitos e verdades é uma forma de compreender melhor as necessidades e o comportamento desta fascinante espécie. Afinal, uma coisa é certa: não faltam motivos para admirar e amar os gatos.