Nesta sexta-feira (11/10), o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade reforça a importância de conscientizar a população sobre os riscos associados ao excesso de peso e à obesidade e a importância de manter hábitos de vida mais saudáveis.
Dados do Congresso Internacional sobre Obesidade 2024 indicam que o Brasil enfrenta uma epidemia da doença. Em 20 anos, 48% dos adultos brasileiros estarão obesos e 27% estarão acima do peso, totalizando 75% da população, ou cerca de 130 milhões de pessoas.
Ainda segundo a pesquisa, atualmente, 56% dos adultos já convivem com essa condição (34% são obesos e 22% estão com sobrepeso). Entre 2006 e 2019, a prevalência da obesidade quase duplicou, evidenciando a urgência de medidas preventivas e da promoção de atitudes saudáveis.
Números que, segundo o cirurgião do aparelho digestivo do corpo clínico do Hospital Sempre, em Belo Horizonte, Ramom Lélis, são causados por fatores como questões socioeconômicas, padrões alimentares inadequados e comportamento sedentário. “Intervenções eficazes devem considerar tanto os comportamentos individuais quanto os determinantes socioeconômicos, ambientais e governamentais”, afirma.
Ele destaca que, entre as principais complicações da obesidade, há um aumento significativo na predisposição a diversas doenças crônicas, incluindo diabetes tipo 2, hipertensão, apneia do sono, esteatose hepática, doenças cardiovasculares e diversos tipos de câncer, como de mama, útero , esôfago e intestino.
Relativamente à prevenção e tratamento da doença, Ramom Lélis explica que é essencial uma abordagem integrada, que envolva uma alimentação equilibrada, atividade física regular e apoio psicológico. “A atividade física regular reduz a probabilidade de obesidade, enquanto o apoio psicológico ajuda nas questões emocionais. A cirurgia bariátrica, por sua vez, é uma opção segura e eficaz para adultos com obesidade grave, desde que o paciente se mantenha motivado e siga o acompanhamento pós-operatório”, destaca.
A especialista destaca que, entre os maiores desafios na perda de peso, estão as dificuldades de adesão a hábitos saudáveis e fatores socioeconômicos. “Pacientes de baixa renda enfrentam barreiras no acesso a alimentos saudáveis, educação adequada e assistência profissional adequada, que limitam o controle da obesidade. As políticas governamentais são essenciais para melhorar o acesso a esses recursos.”
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