6 em cada 10 mulheres dizem conhecer formas de prevenção do câncer de mama – Jornal Estado de Minas

6 em cada 10 mulheres dizem conhecer formas de prevenção do câncer de mama – Jornal Estado de Minas



Seis em cada dez mulheres brasileiras afirmam conhecer formas de prevenir o câncer de mama, o segundo tipo de câncer mais comum na população. Os entrevistados, porém, têm dificuldade em identificar mitos ou verdades sobre a doença. As conclusões são de pesquisa realizada pela AC Camargo em parceria com a Nexus – Pesquisa e Inteligência de Dados, no Outubro Rosa, mês dedicado à prevenção da doença.

Foram entrevistadas presencialmente 1.036 mulheres de 16 a pouco mais de 60 anos, nas 27 unidades da federação, entre os dias 18 e 24 de setembro. A margem de erro na amostra total é de três pontos percentuais.

A pesquisa indica que embora haja algum grau de conscientização sobre formas de prevenção da doença e acesso a exames, principalmente entre mulheres com mais de 40 anos, onde a recomendação da mamografia começa a ser importante, ainda existem muitos desafios para a prevenção. “Um deles é a ampliação do esclarecimento sobre mitos relacionados à doença, bem como o medo em torno do estigma gerado em torno de um diagnóstico como esse”, afirma Fabiana Makdissi, chefe do Centro de Referência de Tumores de Mama do ACCamargo Cancer Center.

No questionário da pesquisa foram apresentadas aos entrevistados quatro afirmações relacionadas à prevenção de doenças. Em todos eles, os entrevistados ficaram divididos nas respostas e, em alguns casos, aqueles com menor escolaridade obtiveram mais respostas do que aqueles com mais anos de estudo.

Amamentação

Menos da metade (47%) das mulheres responderam que “amamentar reduz a chance de contrair câncer de mama”, informação que está correta. Entre os que não sabem ler nem escrever, 57% concordaram com a frase, seguidos de 50% que estudaram até o ensino fundamental. O indicador cai para 43% entre quem estudou até o ensino médio e permanece em 46% para o ensino superior.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), durante o período da amamentação, alguns processos promovem a eliminação e renovação de células que poderiam apresentar danos ao seu material genético, reduzindo a incidência da doença. Além disso, durante o período de amamentação, diminuem os níveis de alguns hormônios que favorecem o desenvolvimento desse tipo de câncer.

Embora exista uma relação entre a amamentação e a redução das chances da doença, seria necessário amamentar por muitos anos para realmente ver os resultados. “Vale lembrar que nem todo fator de proteção significa blindagem, assim como nem todo fator de risco é considerado fatalidade. Considerando isso, de fato, podemos dizer que a amamentação está relacionada à redução de riscos, principalmente quando feita por períodos superiores a um ano”, explica a mastologista Fabiana Makdissi.

Reposição hormonal

Menos da metade (42%) concorda que “a reposição hormonal causa câncer de mama”, afirmação que também é correta. Tanto entre os que não sabem ler nem escrever quanto no grupo que estudou até o ensino fundamental, 51% concordaram com a frase. O indicador cai para 39% para quem estudou até o ensino médio e permanece em 32% para o ensino superior.

Utilizada, entre outras finalidades, para aliviar os sintomas da menopausa, a terapia de reposição hormonal (TRH), principalmente a terapia combinada de estrogênio e progesterona, pode aumentar o risco de câncer de mama, segundo o Inca.

Segundo Fabiana Makdissi, esse risco pode aumentar, principalmente se a terapia for realizada há mais de cinco anos. “Precisamos ressaltar que mulheres que já tiveram câncer de mama não devem fazer terapia de reposição hormonal, mas o mais importante é que antes de a mulher iniciar esse tipo de terapia ela precisa ter suas mamas avaliadas para identificar possíveis problemas no peito”, diz ele.

Silicone

Sobre a afirmação de que “colocar silicone aumenta a chance de câncer de mama”, que segundo a especialista é falsa, 43% responderam dessa forma. Outros 42% acham que é verdade. Neste ponto, de uma forma geral, há maior conhecimento nos grupos com ensino superior: 61% das mulheres com ensino superior dizem que a frase é falsa, seguidas de 45% entre as que têm ensino secundário e 27% para o ensino primário. No grupo que não sabe ler e escrever, estão 34%.

Quando se considera o carcinoma, o câncer de mama mais comum, correspondendo a mais de 95% dos casos, não há maior incidência entre aquelas com implantes de silicone. “Perante isto, existe também uma possível relação com um tipo de cancro da mama muito raro, o linfoma anaplásico de grandes células, que acreditamos ter uma ligação mais pessoal entre a paciente e a prótese, mas não pode ser generalizado como fator de risco”, indica o mastologista. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (EUA), a incidência desse tipo de câncer ocorre em três em cada 100 milhões de mulheres por ano.

Autoexame regular

A maioria (58%) das mulheres considera falsa a afirmação de que “o autoexame regular garante que você não terá câncer de mama”. “O exame funciona como uma ferramenta de rastreamento, auxiliando no diagnóstico precoce caso seja percebida alguma anormalidade na mama, mas não consegue inibir o surgimento de tumores”, ressalta Fabiana Makdissi.

Nesse aspecto, quanto maior o nível de escolaridade, maior o conhecimento. Entre as mulheres brasileiras com ensino superior, 72% afirmaram que a afirmação é falsa, seguidas de 64% com ensino médio, 43% com ensino fundamental e 39% entre aquelas que não sabem ler e escrever.

A pesquisa mostra ainda que 59% já fizeram o autoexame, por meio do toque, enquanto 53% das entrevistadas já fizeram mamografia. Além disso, 28% nunca o fizeram, sendo que 25% deles pertencem à faixa etária de maior incidência de risco (acima de 40 anos).

A prevenção do câncer de mama envolve o controle dos fatores de risco e o incentivo aos fatores de proteção, além do acompanhamento médico para diagnóstico. Os fatores de risco comportamentais são:

  • Sobrepeso
  • Falta de atividade física
  • Consumo de bebidas alcoólicas
  • Fatores genéticos e endócrinos de doenças
  • Em relação à história reprodutiva
  • Idade
  • Exposição à radiação ionizante

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