10 dúvidas sobre o câncer de mama – Jornal Estado de Minas

10 dúvidas sobre o câncer de mama – Jornal Estado de Minas



O câncer de mama é causado pela multiplicação desordenada de células anormais na região da mama, que formam um tumor que pode se desenvolver de forma rápida ou lenta. É o tipo de câncer que mais atinge as mulheres no Brasil e, por isso, gera preocupação e muitas dúvidas. Para esclarecer algumas delas, a radiologista do Hermes Pardini, laboratório do Grupo Fleury e especialista em mamografia, Ivie Braga, explica diversas dúvidas. Confira:

1. A reposição hormonal aumenta a chance de câncer de mama?

Alguns estudos demonstraram que a reposição hormonal com estrogênio e progesterona pode aumentar a chance de câncer de mama. No entanto, estudos mais recentes mostraram que a reposição hormonal apenas com estrogênio poderia reduzir as chances de ter a doença. Por isso, a reposição hormonal adequada para cada mulher deve ser definida pelo ginecologista, que também deve avaliar o risco de trombose, câncer de endométrio e doenças cardiovasculares na hora de escolher o melhor tipo de reposição hormonal para cada paciente.

2. A alimentação influencia o risco?

Sim. Não existe nenhum alimento específico que esteja relacionado ao câncer de mama. O consumo de álcool (independentemente da dose) aumenta o risco de todos os tipos de cancro, incluindo o cancro da mama. A obesidade, consequência de maus hábitos de vida, como consumo de alimentos processados, açúcares, gorduras, também é fator de risco para o câncer de mama.

3. Os contraceptivos são um factor de risco?

O uso de anticoncepcionais orais é um fator que aumenta o risco de câncer de mama em cerca de 20%. Parece muito, mas só ter seios densos aumenta o risco em cinco vezes (500%), em comparação com mulheres que têm seios predominantemente gordurosos. Os seios densos são caracterizados por maior consistência e firmeza, enquanto os seios adiposos apresentam mais tecido adiposo (gordura).

4. O desodorante pode influenciar esse tipo de câncer?

Não. Isso é um mito.

5. A prótese mamária dificulta o diagnóstico?

A presença de prótese mamária dificulta a identificação de lesões na mamografia, pois a prótese se sobrepõe ao tecido mamário na região interna das mamas. Por isso, durante o exame são tiradas algumas imagens adicionais, que empurram a prótese e avaliam apenas o tecido mamário. Além disso, deve-se sempre fazer outro exame junto com a mamografia, que pode ser uma ultrassonografia ou ressonância magnética, dependendo do risco da mulher desenvolver câncer de mama.

6. Quando há casos de câncer na família, o que fazer? O rastreio precoce é necessário?

Depende do grau de parentesco, da idade do familiar com câncer de mama e do número de familiares. Se uma mulher tiver pelo menos um caso de câncer de mama ou de ovário em um parente de primeiro grau com menos de 50 anos, é recomendado iniciar o rastreamento não apenas com mamografia, mas também com ressonância magnética de mama todos os anos, a partir dos 30 anos. .

O risco de câncer de mama pode ser estimado por meio de questionários de risco gratuitos. Se o histórico familiar não for tão significativo (familiar jovem, parente próximo), o ideal é calcular o risco por meio de um desses questionários. Se o risco for superior a 20%, essa mulher é considerada de alto risco e deve seguir a recomendação de exames de ressonância magnética todos os anos, a partir dos 30 anos.

7. Os testes podem identificar a predisposição genética? Quais tipos de exames?

Sim. Questionários gratuitos podem ser a primeira ferramenta de avaliação de risco. Em mulheres que têm histórico de mutação genética na família, ou que tiveram câncer de mama em idade jovem, ou que tiveram tipos específicos de câncer de mama, a pesquisa de mutação genética pode ser feita no DNA, através do sangue ou da urina.

8. Ressonância magnética ou tomografia? Qual teste é mais apropriado para o diagnóstico?

Não realizamos tomografias computadorizadas para avaliar as mamas. Por outro lado, a ressonância tem sido cada vez mais utilizada por ser o método que mais identifica os tumores antes que se tornem palpáveis. A ressonância magnética é indicada como rastreamento para mulheres com mamas extremamente densas a cada dois anos, mesmo que não apresentem risco familiar aumentado para câncer de mama.

9. Pacientes em tratamento podem praticar atividade física?

Sim. Não só podem, como devem. Os resultados da quimioterapia são melhores em mulheres que praticam atividade física durante o tratamento e a sobrevida também é melhor. A prática de exercícios físicos em mulheres que não têm a doença reduz em 30% a chance de câncer de mama. Ou seja, a atividade física é importante para quem não teve e para quem já teve a doença.

10. O cancro da mama também afecta os homens?

Sim, embora raro, o câncer de mama pode ocorrer em homens. A faixa etária mais comum é após os 50 anos e a investigação de mutação genética deve ser realizada neste grupo.

Prevenção

Para a médica radiologista, a campanha Outubro Rosa é uma oportunidade para reforçar mensagens sobre prevenção e detecção precoce do câncer de mama, mas também é uma oportunidade para levar informações à população. “Por ser o tipo de câncer que mais atinge as mulheres no Brasil, é preciso ressaltar que a prevenção primária e a detecção precoce contribuem para a redução da incidência e da mortalidade pela doença. A população deve ser informada sobre o tema para que possa adotar medidas de proteção à sua saúde”, destacou o especialista.

A prevenção primária do câncer de mama consiste na redução dos fatores de risco modificáveis ​​e na promoção de fatores de proteção para a doença. Praticar atividade física, manter o peso corporal adequado por meio de uma alimentação saudável e evitar o consumo de álcool estão associados à redução do risco de desenvolver câncer de mama. A amamentação também é considerada um fator de proteção.

Sinais e sintomas

É importante que as mulheres estejam sempre atentas aos sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama:

  • Nódulo (nódulo), geralmente duro, fixo e indolor
  • Pele do peito semelhante a casca de laranja ou vermelha
  • Mudanças no mamilo (mamilo)
  • Liberação espontânea de líquido de um dos mamilos
  • Pequenos nódulos no pescoço ou na região sob os braços (axilas)

Diagnóstico

Segundo o Ministério da Saúde, o diagnóstico precoce consiste em prestar atenção aos sinais e sintomas suspeitos de câncer para identificar a doença em estágio inicial, possibilitando um tratamento eficaz e maior sobrevida. A orientação é que a mulher observe e apalpe as mamas sempre que se sentir confortável para fazê-lo (seja no banho, na troca de roupa ou em outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta casual de pequenas mudanças. mamárias.

A segunda estratégia para detecção precoce do câncer de mama, preconizada pelo Ministério da Saúde, é o rastreamento mamográfico. Além de prestar atenção ao próprio corpo, é recomendado que mulheres de 50 a 69 anos, com risco padrão, façam mamografia de rastreamento a cada dois anos. Este teste pode ajudar a identificar o câncer antes que uma pessoa apresente sintomas.

A mamografia nesta faixa etária, a cada dois anos, é a rotina adotada na maioria dos países que implementaram o rastreio organizado do cancro da mama e baseia-se em evidências científicas do benefício desta estratégia na redução da mortalidade neste grupo. Para as mulheres com alto risco de câncer de mama, é recomendado que tenham acompanhamento médico individualizado, pois ainda não há recomendação específica para esse grupo.

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