Brasil concentra 83% dos casos de dengue nas Américas

Brasil concentra 83% dos casos de dengue nas Américas



A Organização Pan-Americana da Saúde, OPAS, alertou para o aumento de casos de dengue nas Américas. Até 26 de março deste ano, mais de 3,5 milhões de infecções e mais de mil mortes foram relatadas na região.

O diretor da Opas, Jarbas Barbosa, afirmou que “isso é motivo de preocupação, pois representa três vezes mais casos do que os registrados no mesmo período de 2023, ano recorde com mais de 4,5 milhões de casos registrados na região”.

Casos se espalhando de forma preocupante

A dengue está aumentando em toda a América Latina e Caribe, porém os países mais afetados são o Brasil, com 83% dos casos, o Paraguai com 5,3% e a Argentina com 3,7%. Estas três nações são responsáveis ​​por 92% dos casos e 87% das mortes.

Esse aumento é atribuído à maior estação de transmissão no Hemisfério Sul, quando o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, prospera devido ao clima quente e chuvoso.

No entanto, Barbosa alertou que também há “aumento de casos em países como Barbados, Costa Rica, Guadalupe, Guatemala, Martinica e México, onde a transmissão tende a ser maior no segundo semestre”.

A diretora da OPAS também observou a presença do mosquito vetor e de casos em novas áreas geográficas, levantando preocupações de que alguns países possam não estar preparados para enfrentar um aumento na transmissão.

Eventos climáticos extremos e urbanização

Vários factores ambientais e sociais contribuem para a propagação da dengue, incluindo o aumento das temperaturas, fenómenos climáticos extremos e o fenómeno El Niño.

O rápido crescimento populacional e a urbanização não planeada também desempenham um papel crucial, uma vez que as más condições de habitação e os serviços inadequados de água e saneamento criam criadouros de mosquitos através de objectos descartados que podem recolher água.

A OPAS mantém vigilância rigorosa da dengue na região e emitiu nove alertas epidemiológicos nos últimos 12 meses, fornecendo orientações essenciais aos Estados Membros sobre prevenção e controle da doença.

A presença dos quatro sorotipos da dengue na região aumenta o risco de epidemias e formas graves da doença. A circulação simultânea de dois ou mais sorotipos de dengue foi observada em 21 países e territórios das Américas.

Letalidade estável

Barbosa enfatizou a importância de ações imediatas para prevenir e controlar a transmissão da dengue e evitar mortes, destacando que “apesar do aumento recorde de casos em 2023, a taxa de letalidade da dengue na região permaneceu abaixo de 0,05%”. Ele observou que isso “é muito encorajador, considerando os picos de casos desde então”.

Esta conquista foi possível graças ao apoio da OPAS aos países desde 2010 através de uma estratégia abrangente para controlar a dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos. Esta acção inclui o reforço da vigilância, o diagnóstico precoce e o tratamento atempado, e contribuiu significativamente para salvar milhares de vidas.

A diretora da OPAS apelou à intensificação dos esforços para eliminar os criadouros do mosquito, aumentar a preparação dos serviços de saúde para o diagnóstico precoce e a gestão clínica atempada. Outro ponto que destacou foi o trabalho contínuo para conscientizar a população sobre os sintomas da dengue e quando procurar atendimento médico imediato.

Segundo Barbosa, “enfrentar o problema da dengue é tarefa de todos os setores da sociedade”.



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