Num futuro distópico, décadas depois de uma revolta violenta perpetrada pela inteligência artificial, que mudou toda a dinâmica da Terra, o analista de dados Atlas pastor (Jennifer Lopez) percebe que essa mesma tecnologia pode ser a salvação da humanidade e parte em uma jornada perigosa contra um robô rebelde com quem compartilha um passado misterioso. Lançado em Netflix na sexta-feira, dia 24 Atlas lidera os mais vistos da plataforma no Brasil, e exigiu algum esforço nos bastidores para fazer as cenas robóticas passarem do papel para a tela.
Segundo a Netflix, as cenas dentro do robô Smith, cenário em que Jennifer Lopez passa grande parte do filme, foram gravadas em uma cabine construída em cima de um sistema hidráulico preso ao solo, e quatro câmeras foram posicionadas ao redor da atriz para capturar simultaneamente cenas de diferentes ângulos. Outra estrutura de aço com aproximadamente cinco metros de altura, apelidada de “academia da selva”, foi construída para servir de referência para Simu Liu e a equipe de dublês durante as sequências de luta entre os robôs. “Ter o trepa-trepa permitiu que Simu e minha equipe interagissem com algo do tamanho e formato certos. Eles podiam pular, escalar, deslizar e balançar à vontade. Foi muito divertido”, explica o coordenador de cenas de ação Allan Poppleton, que tem filmes como Cruzeiro na Selva Isso é Megatubarão.
Entre os outros cenários utilizados pela trama está o esconderijo de Harlan (Simu Liu), montado em uma fábrica de cimento desativada em Cupertino, na Califórnia. Em uma das cenas angustiantes ali filmadas, o personagem de Sterling K. Brown é torturado com uma técnica que mantém o olho aberto e permite intervenções dolorosas no globo ocular. Para filmar a cena, o ator não utilizou dublês, e na verdade é seu olho que aparece esbugalhado, preso a um dispositivo que o impede de fechá-lo. Para conseguir isso, é claro, houve supervisão especializada: o pai do produtor Jeff Fierson, Walter Fierson, é oftalmologista aposentado e estava no set no dia das filmagens para operar a pinça e garantir que Sterling estivesse seguro e confortável durante o processo. .
Outra curiosidade é que a produção trabalhou com um futurologista — área que busca estudar e antecipar tendências e acontecimentos futuros — para criar o cenário distópico de Los Angeles que aparece na produção, 150 anos à frente do tempo presente. Com base nessas análises, há visuais que retratam avanços tecnológicos como gigantescos painéis solares que fornecem sombra para a cidade, um híbrido de carros voadores e “normais”, além de mudanças no comportamento humano, como o fato de as pessoas não usarem mais papel ou smartphones.
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