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A Editorial Sul
| 27 de maio de 2024
Rivaldo Barbosa foi preso em conexão com as investigações do assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco.
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Rivaldo Barbosa foi preso em conexão com as investigações do assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta segunda-feira (27) o depoimento do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa, preso em conexão com as investigações do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco.
Pela decisão, a Polícia Federal (PF) terá cinco dias para realizar a audiência. O ministro do Supremo Tribunal destacou no despacho que os investigadores devem assegurar o direito ao silêncio e a garantia da não incriminação.
Na semana passada, o delegado fez um pedido manuscrito para ser ouvido pela PF. Solicitado a responder à denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), Rivaldo pediu “pelo amor de Deus” e “por piedade” que prestasse depoimento. Ele está preso no presídio federal de Brasília.
Além do delegado, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o deputado federal (União-RJ) Chiquinho Brazão foram denunciados ao STF pela PGR por homicídio e organização criminosa. Todos estão presos por ordem de Moraes por suposto envolvimento no assassinato do vereador.
Segundo as investigações, o ex-chefe da Polícia Civil deu instruções, a mando dos irmãos Brazão, para realizar os disparos contra Marielle e o motorista Anderson Gomes.
Após a apresentação da denúncia, a defesa de Rivaldo Barbosa questionou a credibilidade dos depoimentos de delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, réu confesso do homicídio e que apontou o delegado e os irmãos Brazão como participantes do crime.
O ex-policial militar Ronnie Lessa confessou os assassinatos do ex-vereador e motorista Anderson Gomes em depoimento à polícia. As informações são da TV Globo.
Segundo Lessa, os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão ofereceram a ele e a um de seus associados, conhecido como Macalé (também ex-PM Edmilson de Oliveira, assassinado em 2021), um loteamento clandestino na Zona Oeste do Rio de Janeiro como forma de pagamento . pela morte de Marielle.
“Havia muito dinheiro envolvido. Na época, ele falou em R$ 100 milhões, o que na verdade soma. R$ 100 milhões seriam o lucro do loteamento. São 500 lotes de cada lado. Na época custaria mais de US$ 20 milhões”, disse Lessa.
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Ministro Alexandre de Moraes autoriza Polícia Federal a ouvir delegado investigado pela morte de Marielle Franco
2024-05-27
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