Os últimos 30 anos testemunharam muitos avanços em relação à câncer de mamamas esta continua a ser uma doença em ascensão e, por isso, a ciência continua a procurar tratamentos cada vez mais eficazes. Agora, mais um passo parece ter sido dado rumo à cura: um estudo pré-clínico em animais mostrou a capacidade de uma molécula eliminar células tumorais com apenas uma dose.
A substância em questão é chamada ErSO-TFPy e ainda está longe de se tornar um medicamento disponível para humanos, mas o estudo publicado nesta quarta-feira, 22, na revista Ciência Central ACSda American Chemical Society, chama a atenção. “É muito raro que um composto reduza tumores em modelos murinos de cancro da mama, e muito menos erradique completamente estes tumores com uma única dose”, diz ele. Paul Hergenrotherpesquisador da Universidade de Illinois e autor do estudo, em comunicado. “É por isso que estamos entusiasmados com o ErSO-TFPy para avançar no tratamento do câncer de mama.”
Como funciona a nova molécula?
A molécula funciona ligando-se ao receptor de estrogênio. Em geral, as células mamárias possuem esse receptor, que funciona como um intermediário que ajuda o hormônio a indicar como a célula deve funcionar. Este receptor também está presente na maioria dos tumores de mama, que utilizam este elemento natural do corpo humano para crescer e se desenvolver.
Os pesquisadores já haviam notado que o ErSO, molécula que desenvolveram, era capaz de atuar nesse receptor para prevenir o crescimento tumoral, mas estudos anteriores mostraram muitos efeitos indesejados. O próximo passo, portanto, envolveu o desenvolvimento de moléculas semelhantes, que apresentassem menos efeitos colaterais – entre elas, a ErSO-YFPy.
Ao se ligar a este receptor, o ErSO-TFPy faz com que a célula entre em necroseum tipo de morte celular. Isso foi visto tanto in vitro quando em células tumorais mamárias humanas enxertadas em camundongos. O mais interessante, porém, é que esse potencial composto pode fazer isso rapidamente, sem ser tóxico para o organismo dos animais ou causar grandes efeitos colaterais.
Hoje já existe uma classe de medicamentos capazes de atuar nesse receptor, mas em vez de matar o tumor, ele atua como citostático, nome dado à estratégia de fazer as células pararem de crescer. “Não é possível comparar os dois tipos de medicamentos porque eles agem de formas muito diferentes, de forma a se complementarem”, afirma. Pedro Exmancoordenador do grupo de tumores de mama e ginecológicos do Centro Especializado em Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Ele ressalta ainda que embora o estudo seja animador, é preciso ter cuidado, pois está em fase inicial. Ainda são necessárias pesquisas para mostrar que é seguro em humanos e que o efeito antitumoral também ocorrerá em nossa espécie. Só depois são feitos testes para comparar sua ação com a dos medicamentos atuais e analisar se realmente vale a pena incorporá-lo de forma estratégica.
Como o câncer de mama é tratado hoje?
Durante muito tempo o câncer foi visto como uma doença terminal, mas a ciência evoluiu nas últimas décadas e, hoje, os pacientes tendem a ter prognóstico e evolução muito melhores.
E isso foi bem-vindo. Nos últimos anos, a incidência desta doença tem aumentado em todo o mundo – só no Brasil, espera-se que 73,6 mil novos casos são diagnosticados entre 2023 e 2025 – mas, apesar disso, a mortalidade está diminuindo. “Isso acontece porque o diagnóstico é feito mais cedo e porque os tratamentos são melhores”, diz Exman.
Na verdade, surgiram tecnologias que são positivas para pacientes com os três tipos mais comuns de cancro da mama. A maioria dos pacientes apresenta o tipo hormonal positivo, como o descrito acima, e podem ser tratados com medicamentos específicos que impedem a ação dessa substância. Tumores que expressam a molécula HER2 Costumavam ser muito agressivos, mas desde 2005 também existem tratamentos específicos contra este receptor que são muito eficazes.
O mais agressivo continua sendo o chamado triplo negativo, que não apresenta nenhuma das características acima, mas a imunoterapia – tipo de tratamento que induz o sistema imunológico a agir contra o câncer – tem se mostrado especialmente eficiente para esses pacientes. Além disso, todos os indivíduos afetados também podem contar com quimioterapia e radioterapia, que evoluem para apresentar cada vez menos efeitos indesejados.
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