A recente edição do Big Brother Brasil 25 trouxe um episódio intrigante envolvendo o ex-ginasta Diego Hypólito. Depois de um programa dinâmico, o caro medidor, ele foi contrariado por um flashback que revelou sua escolha da palavra “cobra”, em oposição ao “coração” que havia mencionado na conversa. Posteriormente, o brother afirmou que “adora mentir” para os demais participantes.
A situação gerou debate sobre os limites entre uma mentira socialmente aceitável e um possível distúrbio psicológico, como a mitomania. Cristiane Romano, doutora em expressividade, e a psicanalista Rachel Poubel explicam o impacto das mentiras nas relações humanas e sua relação com questões emocionais.
Mentiras na vida cotidiana
Cristiane Romano destaca que mentir é um comportamento comum e pode surgir por diversos motivos, como necessidade de aceitaçãomedo de rejeição ou tentativas de manipular a percepção dos outros. Segundo estudos da Associação Americana de Psicologia, cerca de 60% das pessoas admitem mentir regularmente, seja para evitar conflitos ou por motivos pessoais. “Mentir pode parecer inofensivo em algumas situações, mas quando se torna um padrão, pode prejudicar relacionamentos e criar um ambiente de desconfiança. O comunicação autêntica É essencial para relacionamentos saudáveis”, explica a especialista.
A psicanalista Rachel Poubel reforça que a mentira pode estar relacionada com baixa auto-estima e a necessidade de aceitação. “Muitas vezes, quem mente sente que não é suficiente e busca, distorcendo a realidade, uma forma de se enquadrar ou obter validação social”, observa.
A mitomania, também conhecida como mentira patológicaé um distúrbio psicológico no qual uma pessoa sente compulsão a mentir, muitas vezes sem motivo aparente. Ao contrário das pequenas mentiras cotidianas, essa condição pode causar sofrimento e danos significativos à vida de um indivíduo.
Estudos indicam que a mentira patológica é caracterizada por um grande volume de histórias inventadas, o que pode comprometer a integridade da pessoa e das relações ao seu redor. “Cada vez que alguém mente compulsivamente, ele se afasta da comunicação autêntica e pode desenvolver uma máscara emocional que dificulta conexões genuínas”, explica Cristiane.
O início do hábito de mentir
Pesquisas mostram que as crianças começam a mentir por volta dos três ou quatro anos, quando começam a distinguir entre fantasia e realidade. Se esse comportamento não for orientado de forma saudável, pode se tornar um recurso frequente para evitar consequências ou obter vantagens.
Na vida adulta, o hábito de mentir pode evoluir para problemas mais graves, como dificuldades de relacionamento, isolamento social e impactos na carreira profissional. Em alguns casos, pode até estar associada a transtornos de personalidade.
No BBB25, Diego Hypólito tem sido acusado de mentir constantemente, levando parte do público a questionar se ele sofre de mitomania. Porém, Rachel Poubel considera que é preciso compreender a história emocional do atleta antes de rotulá-lo. “Diego era um atleta de alto rendimentoe sabemos que o nível de exigência neste ambiente é extremo. Essa pressão muitas vezes leva à baixa autoestima e à necessidade constante de provar o seu valor. Isso pode gerar comportamentos onde ele sinta que precisa moldar a realidade para ser aceito”, analisa o psicanalista.
Ela também ressalta que o ambiente BBB pode agravar esses problemas. “Estamos falando de um programa onde os participantes são monitorados 24 horas por dia. No início, todos ficam mais atentos à exposição, mas com o tempo a vigilância constante pode afetar emocionalmente os participantes. Esse contexto pode intensificar comportamentos que já existiam fora de casa”, explica.
Mentiras na vida cotidiana
Cristiane Romano sugere algumas estratégias para melhorar a comunicação e evitar a disseminação rotineira de desinformação:
- Pratique a transparência: criar um ambiente onde a honestidade seja valorizada, incentivando a troca aberta de informações
- Ouça ativamente: mostrar interesse genuíno no que os outros dizem, promovendo o diálogo construtivo
- Torne-se consciente de seus próprios motivos: Antes de partilhar informações, considere se existe um desejo de distorcer a verdade e porquê
- Concentre-se na empatia: considere como suas palavras podem impactar outras pessoas, buscando uma comunicação mais compassiva e honesta
Identificar a mentira patológica é essencial para oferecer ajuda a quem precisa. Rachel reforça que, ao reconhecer que o comportamento faz parte de um distúrbio psicológicoé possível buscar tratamento e evitar maiores danos. “A terapia é essencial para compreender os gatilhos que levam à mentira compulsiva e para ajudar a pessoa a desenvolver uma comunicação mais autêntica e saudável”, afirma.
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