Uma rotina comum ilustra o problema: depois de horas diante das telas, alguém se sente irritação nos olhos e busca alívio rápido de qualquer colírio comprado na farmácia. Embora esta solução pareça simples e inofensiva, o uso inadequado de colírios pode trazer riscos à saúde ocular, como destaca o oftalmologista Matheus Vilar, do Hospital Vilar de Olhos.
“O uso excessivo ou inadequado de colírios pode gerar complicações, como o efeito rebote. Certos produtos, especialmente vasoconstritores [soluções oftalmológicas que contêm substâncias capazes de contrair os vasos sanguíneos da conjuntiva]causar vermelhidão persistente quando usado em excesso”, explica o médico. Além disso, os conservantes presentes em muitas fórmulas podem irritar a superfície ocular e o alívio momentâneo proporcionado por estes produtos pode mascarar sintomas de condições mais graves, atrasando o diagnóstico.
No Brasil, pesquisa do Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) revela que 79% das pessoas com mais de 16 anos consomem medicamentos sem prescrição médica ou farmacêutica. Essa prática, que inclui o uso de colírios, aumenta o risco de complicações oculares. Segundo o Dr. Mateus, mesmo produtos aparentemente inofensivos, como as lágrimas artificiais, só podem aliviar o desconforto temporário sem tratar as causas subjacentes, como a disfunção da glândula meibomiana ou doenças autoimunes. Ele destaca ainda que os colírios anestésicos, embora raramente vendidos sem receita, podem agravar lesões na córnea quando usados de forma inadequada.
Apesar de serem vendidos sem receita, muitos colírios contêm ingredientes que podem ser prejudiciais em casos específicos, como olhos sensíveis ou doenças pré-existentes, como glaucoma. Portanto, a consulta com um médico é essencial. “O oftalmologista pode identificar a origem do desconforto ocular, recomendar o tratamento mais adequado e prevenir complicações graves, como glaucoma, ceratite ou uveíte”, destaca o oftalmologista.
Para quem sente desconforto ocular e pensa em usar colírios vendidos sem prescrição médica, o médico ressalta a importância de consultar um oftalmologista para identificar a verdadeira causa do problema. Ele também recomenda manter-se hidratado e adotar medidas como pausas no uso das telas para minimizar fatores ambientais que possam agravar a situação.
Por isso, procurar ajuda médica o mais rápido possível é fundamental para evitar complicações e obter um diagnóstico preciso.
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