Falta remédio em 78% dos centros de infecções sexualmente transmissíveis – Jornal Estado de Minas

Falta remédio em 78% dos centros de infecções sexualmente transmissíveis – Jornal Estado de Minas


Uma parceria entre o Ministério da Saúde e hospitais filantrópicos mapeou a falta de medicamentos para prevenir e reduzir o risco de infecções sexualmente transmissíveis (IST) em 78% dos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTAs) do país que participaram de um censo de diagnóstico situacional.

A pesquisa traz dados de 535 dos 775 estabelecimentos espalhados pelo país, o que representa 70% das unidades. A análise é um projeto realizado pelo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS).

A pesquisa identificou que 78% dos CTAs não possuíam medicamentos para reduzir o risco de infecção pós-exposição à hepatite B.

Mais da metade (56%) estava sem medicação para tratar casos de verrugas anogenitais sugestivas de HPV; em 51% não havia substância para profilaxia da transmissão vertical (da gestante para o bebê) da hepatite B. Além disso, 47% estavam sem estoque de medicamentos para tratamento da doença inflamatória pélvica (DIP).

O Proadi-SUS é uma parceria entre o Ministério da Saúde e seis hospitais filantrópicos: Beneficência Portuguesa de São Paulo, Hcor, Hospital Alemão Oswaldo Cruz, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Sírio-Libanês e Hospital Moinhos de Vento. Com exceção do Moinho de Ventos, que fica em Porto Alegre, os demais possuem unidades em São Paulo.

Os CTAs que responderam ao questionário do estudo são administrados pelas esferas municipal, estadual ou federal. As 240 unidades que não foram incluídas no censo não contavam com pessoal para preencher detalhadamente o questionário.

Através da parceria, o Ministério da Saúde solicitou um projeto de diagnóstico e reestruturação dos CTAs. A obra foi realizada no período 2021-2023 pelo Hospital Israelita Albert Einstein e contou com orçamento de cerca de R$ 18 milhões, fornecido pela entidade privada.

Populações vulneráveis

Os CTAs prestam serviços de aconselhamento e orientação à população com foco em IST, como HIV, sífilis, hepatites B e C, além de oferecerem testes rápidos para essas infecções.

O líder do projeto de reestruturação, João Renato Rebello Pinho, coordenador médico do setor de Pesquisa e Desenvolvimento do Laboratório Clínico Einstein, destaca que as populações vulneráveis ​​são o principal público atendido pelos centros.

“São populações de baixa renda, que não têm condições de pagar pelos serviços de saúde, que têm dificuldade de procurar os serviços de saúde”, descreve, acrescentando que muitos estabelecimentos estão em locais de difícil acesso, como o interior do Amazonas.

Reestruturação

Além do censo de diagnóstico situacional, o projeto Proadi-SUS promoveu a reestruturação de 14 CTAs espalhados pelo Brasil. A escolha das unidades foi feita pelo Ministério da Saúde e contou com a participação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems).

Os estabelecimentos escolhidos estão localizados no Amazonas, Pará, Pernambuco, Maranhão, Bahia, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Por meio de visitas aos estabelecimentos, os profissionais do Einstein promoveram otimização de procedimentos que resultaram em melhoria na oferta de PrEP (profilaxia pré-exposição); articulação com a rede de saúde, especialmente a atenção primária à saúde; no relacionamento com a rede de laboratórios; e avanços nos fluxos de atendimento, agilizando a realização e entrega de resultados de exames de IST.

“Fizemos visitas conjuntas com o Ministério da Saúde e conseguimos oferecer alguns equipamentos, coisas físicas que eram necessárias, por exemplo, notebooks, impressoras, equipamos salas de vacina, laboratórios e consultórios”, descreve o coordenador do Einstein.

No triênio, foram capacitados 354 trabalhadores e gestores dos estabelecimentos.

Avanços

Entre os resultados alcançados nos CTAs que passaram por reestruturação está o aumento da disponibilidade de autotestes para HIV, que atingiu 100% das unidades. Antes, não passava da metade (43%).

O tratamento para a sífilis está agora disponível em 92% dos centros. Antes era de 85%. A vacinação contra o HPV já é realizada em 86% dos CTAs. Na fase de pré-estruturação o índice foi de 80%.

As ações voltadas à tuberculose passaram de 64% para 71%, e a busca ativa (identificando e tratando pacientes) de sintomáticos respiratórios passou de 33% para 80%. A solicitação e encaminhamento para exames diagnósticos de tuberculose variaram de 89% a 100% dos CTAs.

João Renato Rebello Pinho reforça que o projeto foi criado para atender a demanda do Ministério da Saúde, e que as soluções operacionais aplicadas nos 14 CTAs são exemplos que podem ser replicados em outras unidades do país.

Procurado por Agência Brasilo Ministério da Saúde informou que “não faltam medicamentos para os CTAs, porém, o repasse dos insumos é operacionalizado pelos municípios”.

O ministério acrescentou que atualmente o SUS oferece “diagnóstico e tratamento para todas essas doenças”.



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