Subsídios representam o principal vilão do preço da conta de luz, afirmam debatedores – Notícias

Subsídios representam o principal vilão do preço da conta de luz, afirmam debatedores – Notícias


12/06/2024 – 08:37

Mário Agra/Câmara dos Deputados

Comissão de Minas e Energia discutiu os motivos pelos quais a conta de luz é cara

Os participantes do debate na Câmara dos Deputados apontaram os subsídios como os principais responsáveis ​​pelo aumento das contas de luz. Em audiência pública da Comissão de Minas e Energia, a presidente da Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica (Abrage), Marisete Pereira, afirmou que esses incentivos cresceram 426% somente entre 2019 e 2023. Segundo ela, o ônus é repassado aos consumidores residenciais e comerciais, que compõem o chamado mercado regulado ou cativo.

Segundo a presidente do Conselho Nacional de Consumidores de Energia Elétrica (Conacen), Rosimeire Cecília da Costa, esse grupo de clientes paga anualmente mais de R$ 70 bilhões decorrentes de subsídios. O representante do consumidor defendeu maior participação social nos projetos de lei que tratam das tarifas do setor elétrico.

“Nossa proposta é que qualquer projeto que seja de interesse do setor de energia elétrica, se for oneroso, informe a fonte, seja votado em duas sessões, ouça a todos, faça audiências públicas para que o coletivo da sociedade possa pegue a ciência”, disse Rosimeire.

Os maiores beneficiários dos subsídios governamentais, segundo o presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Marcos Madureira, são os geradores de energia eólica e solar. No total, esse setor recebe incentivos de cerca de R$ 11 bilhões.

Geração distribuída
Outro item que pesa no projeto, segundo participantes da audiência pública, é a chamada geração distribuída. Esta categoria inclui cidadãos que instalam painéis para gerar energia solar em casa. A legislação permite que a energia elétrica que exceda o consumo residencial seja vendida ao sistema nacional. Mas esse tipo de geração também era altamente subsidiada, com custos de mais de R$ 7 bilhões repassados ​​a outros consumidores por ano.

Segundo o ex-diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) Jerson Kelman, cada pessoa que instala um painel solar em casa recebe um subsídio 14 vezes maior do que o concedido a um consumidor de baixa renda, que paga tarifa social.

Jerson Kelman, que é professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), explicou que a atual regulamentação do setor elétrico data de 2004. Segundo o especialista, após 20 anos, será necessária uma reformulação completa do marco regulatório do setor. é necessário.

“Temos que encontrar uma forma de acabar com os ‘cercadinhos’, porque isso protege alguns consumidores, por exemplo, os de geração distribuída, e alguns geradores, por exemplo, os de fontes renováveis, e distribui os custos sistêmicos entre os demais, o que eles não têm capacidade de defesa, que somos todos nós, que estamos no mercado cativo”, sugeriu.

Mário Agra/Câmara dos Deputados

Marisete Pereira apontou excesso de geração de energia como outro problema

Excesso de geração
Além dos subsídios, o sistema atual tem outros fatores que contribuem para que a conta de luz do Brasil seja a segunda mais cara do mundo, apontou Marisete Pereira. Ela explicou que um dos problemas atuais é o excesso de geração, por mais contraditório que possa parecer.

O especialista esclareceu que os incentivos fiscais à energia eólica e solar levaram a um enorme crescimento da geração a partir destas fontes. Mas, segundo ele, a maior parte dessa geração ocorre em horários de menor demanda, o que sobrecarrega os sistemas de transmissão. Com isso, essa energia tem que ser descartada, mas os geradores ainda são pagos. Os custos, mais uma vez, acabam na conta de luz.

Limite para benefícios
Autor do pedido de realização da sabatina, o deputado Hugo Leal (PSD-RJ) defendeu um teto para a concessão de benefícios fiscais pelo governo. Para ela, cada projeto de lei sobre o tema, principalmente se tiver impacto nas tarifas, deve vir acompanhado do impacto tarifário feito pela Aneel.

“Assim como temos aqui a obrigação de indicar a fonte de financiamento que será financiada no orçamento público, também temos que fazer isso na questão dos subsídios. Só se pode aprovar uma matéria se informar a origem do recurso, e como isso vai impactar na conta energética, no curto, médio e principalmente no longo prazo”, comentou.

O subsecretário de Assuntos Econômicos e Regulatórios do Ministério de Minas e Energia, Gustavo Manfrim, disse que o ministério está debatendo uma nova lei para o setor elétrico, que deve ser enviada ao Congresso no próximo ano. Segundo Manfrim, uma das ideias é exatamente encontrar formas de frear o aumento dos subsídios.

Relatório – Maria Neves
Edição – Rachel Librelon



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