O índice para considerar que alguém tem pressão alta continua o mesmo: 14 a 9. A proposta atual dos cardiologistas é considerar o nível de 12 a 8 como pré-hipertensãoou seja, uma fase onde é possível, com mudanças de hábito, restabelecer os níveis normais. Os novos índices foram apresentados pela Sociedade Europeia de Cardiologia, no seu congresso anual, realizado no início de outubro. A nova diretriz aponta que a pressão o máximo ideal deve ser 12 por 7.
Foram propostos três níveis: não alto (até 12 por 7); alto (de 12 por 8 a 14 por 9); e hipertensão (acima de 14 a 9). Os aparelhos de medição registram a pressão máxima (sistólica), quando o coração se contrai e bombeia o sangue, e a mínima (diastólica), quando o órgão se dilata para receber sangue. Quanto maior a pressão diastólica, mais rápido o coração funciona sem relaxar o suficiente para encher.
As mudanças nas orientações são importantes para alertar a população sobre a necessidade de cuidar da saúde do coração. Os dados que indicam que um pressão de 12 por 7 e mais seguro para a saúde cardiovascular no longo prazo. Isto ocorre porque os riscos cardiovasculares começam a aumentar em pressões mais baixas do que se acreditava anteriormente.
Estudos sugerem que quanto mais baixa for a pressão arterial (dentro de limites saudáveis), menor será o risco de doenças como ataques cardíacos, acidentes vasculares cerebrais e insuficiência cardíaca.
Muitos dos fatores de risco para hipertensão ou hipertensão podem ser controlados por meio de tratamento medicamentoso e mudanças no estilo de vida, como exercícios regulares. atividade física, alimentação saudável, boa qualidade de sono e equilíbrio emocional. A individualização do atendimento deve ser sempre orientada pelo médico responsável.
Na maioria das vezes, a hipertensão é uma doença silenciosa e os pacientes não sabem que devem fazer alterações porque a hipertensão não apresenta sintomas. É comum que as pessoas só descubram a hipertensão quando sofrem um infarto. Por isso, é importante, principalmente para quem tem histórico familiar de problemas cardíacos, começar a fazer check-ups regulares, pelo menos anualmente, a partir dos 30 anos.
A pré-hipertensão pode ter impactos de longo prazo na saúde da população. A médio prazo, começa a comprometer os vasos sanguíneos e a função renal. A longo prazo, leva à hipertensão. Ao saber que está em uma situação como essa, portanto, o paciente recebe um alerta para monitorar sua pressão arterial com maior frequência e tem a oportunidade de adotar ou intensificar mudanças efetivas em seu estilo de vida.
Por outro lado, o diagnóstico de pressão arterial baixa, ou hipotensão, ocorre quando a pressão arterial está abaixo dos valores considerados normais, geralmente inferiores a 90/60 mmHg. Embora algumas pessoas possam ter pressão arterial naturalmente baixa sem apresentar sintomas, quando a pressão cai bruscamente ou repentinamente, o corpo pode ter dificuldade em manter a circulação sanguínea adequada nos órgãos e tecidos, levando a sintomas como tonturas, desmaios e visão turva. , fadiga, cansaço, palidez, suor frio e confusão mental.
Como a hipertensão é um dos maiores fatores de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que são a principal causa de morte nas Américas, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a prevenção da doença é fundamental.
Além disso, as novas diretrizes sugerem uma recomendação crescente de medição da pressão arterial fora do consultório médico, com frequência, o que acrescenta informações importantes sobre diagnóstico e monitoramento do tratamento.
*Renato de Ávila Kfouri é infectologista pediátrico, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e presidente do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)
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