Este ano, o Brasil atingiu a marca de 672 mil pacientes tratados com cannabis medicinalum número recorde e 56% superior ao do ano passado. Os dados constam do anuário produzido pela Kaya Mind.
O segmento gerou R$ 853 milhões, valor que ajuda a medir sua força. Outro fato citado pelo relatório é que os pacientes estão espalhados por aproximadamente 80% dos municípios.
Segundo Maria Eugenia Riscala, CEO da empresa Kaya, que abriga a Kaya Mind, são mais de 2.180 produtos medicinais de cannabis, uma variedade que atende diferentes necessidades. “A expansão da cannabis medicinal é visível no Brasil, não apenas em números, mas na forma como a medicina integra essas opções de tratamento à rotina dos pacientes em todo o país”, afirma.
O valor alcançado neste ano supera em 22% o valor do ano passado, de R$ 699 milhões. A projeção é que o faturamento chegue a R$ 1 bilhão em 2025.
Em 2021, o valor era bem menor, de R$ 144 milhões, subindo para R$ 364 milhões no ano seguinte.
Para o chefe de Inteligência e sócio da Kaya, Thiago Cardoso, avanços no campo da regulamentação da cannabis, como a aprovação do cultivo da planta pelo Supremo Tribunal Federal (colocaram o Brasil em destaque. No total, neste ano, 413 estrangeiros as empresas exportavam produtos para o país, o que significou também a diversificação de itens neste mercado.
“Esse avanço permite que mais pacientes encontrem soluções terapêuticas adequadas às suas necessidades e posiciona o Brasil como um mercado competitivo e inovador no cenário global”, avalia Thiago.
Frascos com cápsulas e embalagens de óleos, sprays e tópicos ainda não ganham destaque nas gôndolas devido aos entraves relacionados à legalização. Isto ajuda a explicar por que quase metade dos pacientes medicamentosos (47%) depende da importação do produto de que necessitam e que o obtêm mediante receita médica. Os restantes recorrem às farmácias (31%) e às associações (22%), que desempenham um papel fundamental para quem não tem meios financeiros para cobrir as despesas.
Jonadabe Oliveira da Silva, vice-presidente da TO Ananda (associação do Tocantins que oferece apoio a pacientes e familiares de pacientes que fazem uso de cannabis medicinal), diz que vê pessoas ainda mais conservadoras entendendo que é algo verdadeiramente eficaz e abandonando o preconceito.
“Eles estão quebrando [a visão preconceituosa ou de que é tabu] depois de atender os pacientes”, diz Jonadab.
A organização completou dois anos, mantendo sempre o espírito de colaboração e o sentido coletivo. Ele conta que a entidade surgiu da experiência do atual presidente, que tomou por muito tempo um conhecido e fortíssimo analgésico para dores e decidiu se desintoxicar. Ela então descobriu o óleo de cannabis. “E então ela foi procurar pessoas que tivessem alguma história com o petróleo”, explica Silva.
Atualmente, a associação conta com o apoio da Defensoria Pública e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e, para o próximo ano, a expectativa é que façam parcerias com laboratórios e instituições privadas de ensino superior. A expansão da entidade deu confiança a Silva, inclusive, para mudar de carreira. “Trabalho como cabeleireira, mas estou em transição, estudando cultivo, mercado.”
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