Quebrando tabus: os mitos e as verdades sobre conteúdo adulto – Jornal Estado de Minas

Quebrando tabus: os mitos e as verdades sobre conteúdo adulto – Jornal Estado de Minas



Em tempos de empoderamento feminino, o preconceito ainda domina grande parte da produção e do consumo de conteúdo adulto, tanto no Brasil quanto no mundo. Apesar disso, os debates sobre a sexualidade e a liberdade feminina têm ganhado espaço na mídia, nos estudos acadêmicos e até em iniciativas independentes.

Ana Otani, paranaense, idealizadora de um concurso íntimo que escolheu a vagina mais bonita do país, é um exemplo desse cenário. Mesmo com a notoriedade no segmento, Ana continua enfrentando preconceito. “As pessoas não reconhecem que muitas vezes fazemos isso só porque gostamos e nos identificamos com isso. Da mesma forma que uma pessoa se identifica com a Medicina e trabalha com ela”, afirma.

Ana iniciou sua carreira em conteúdo adulto aos 24 anos e busca desmistificar a ideia de que essa produção é homogênea. “Na verdade, há uma variedade de ideias e formas de produzir vídeos e fotos interessantes. Eu opto por entregar conteúdos diferentes aos assinantes. O que eu gosto é de construir uma história erótica, com boa ambientação, tudo que vai gerar desejo”, explica.

Pornografia e consumo

A relação entre homens e mulheres com a pornografia apresenta diferenças. Enquanto muitos homens reproduzem padrões vistos em filmes pornográficos sem refletir sobre as expectativas e percepções das suas parceiras, o consumo feminino tem sido moldado de forma mais crítica e personalizada. Hoje, as mulheres têm acesso a conteúdos produzidos por profissionais independentes, que oferecem alternativas fora da indústria tradicional, muitas vezes repleta de estigmas.

Mariana Oliveira, sexóloga e psicóloga, alerta para a importância do consumo consciente. “Não é problema usá-lo para relaxar, mas quando vira algo feito automaticamente, precisando fazer todos os dias, sai da linha do prazer e entra no vício.” Ela também argumenta que nem todo conteúdo adulto é prejudicial. “Existem relações saudáveis ​​com alguns consumidores e nem sempre será um vício, mas uma escolha que ajuda naquele momento”, afirma.

Ana Otani destaca que a questão do consentimento tem ganhado destaque nas plataformas, ainda que algumas indústrias continuem antiéticas. “Hoje isso está muito mais controlado. Existem diversas possibilidades de entrar nesse universo sem ser obrigado a criar esse conteúdo.”

Além disso, os criadores têm buscado cada vez mais seus direitos trabalhistas. “É preciso normalizar e entender que o nosso trabalho também é uma profissão digna. Por isso, merecemos os mesmos benefícios e segurança das demais profissões”, afirma Ana.


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