Versões da semaglutida, princípio ativo dos medicamentos Ozempic e Wegovyfeito em farmácias de manipulação estaria associado a pelo menos 12 mortes e 144 hospitalizações nos últimos dois anos, segundo documento sobre efeitos adversos elaborado pela farmacêutica Novo Nordisk e obtido pela agência de notícias Reuters. Em nota, a empresa dinamarquesa informou que pesquisas científicas revisadas por pares confirmaram a contaminação por impurezas em versões manipuladas e alertou que “não existem medicamentos semaglutida compostos, genéricos ou alternativos aprovados pelo FDA (Agência reguladora americana) e pela Anvisa (Agência brasileira)”.
Os casos foram citados pelo diretor financeiro Karsten Munk Knudsen nesta quarta-feira, 6, e a agência de notícias teve acesso ao banco de dados de episódios de pessoas que tomaram cópias manipuladas de medicamentos para diabetes tipo 2 (Ozempic) e obesidade (Wegovy).
Nos Estados Unidos, há permissão para manipular medicamentos em situações de escassez, mas a farmacêutica, segundo a reportagem, pediu ao FDA que proibisse a fabricação de versões do medicamento em farmácias de manipulação.
Relatórios da americana Novo Nordisk foram encaminhados à agência reguladora dos Estados Unidos citando as 12 mortes e 144 hospitalizações após a administração do cópias de semaglutida. “Estes incidentes podem ser apenas a ponta do iceberg e a FDA alertou especificamente que os eventos adversos destes medicamentos irregulares são subnotificados”, disse a farmacêutica.
A análise dos medicamentos manipulados revelou “níveis significativamente elevados de impurezas” que, segundo a empresa, podem levar a “reações imunológicas, como choque anafilático”.
A empresa dinamarquesa informou que, até à data, casos desconhecidos de morte devido ao uso irregular de semaglutida no brasil.
Alerta sobre Ozempic irregular nos Estados Unidos
Na semana passada, o FDA publicou um alerta sobre a busca por versões não aprovadas de semaglutida e tirzepatida (Mounjaro da Eli Lilly), afirmando que o ato pode ser arriscado porque essas opções não têm segurança, eficácia e qualidade garantidas.
No comunicado, a agência manifestou preocupação com as versões manipuladas do medicamento, aquelas manipuladas em farmácias, e também citou eventos adversos relacionados a erros de dosagem nesses produtos.
Ozempic falsificado no Brasil
No final do mês passado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta sobre falsificação de Ozempic em seis cidades brasileiras. Há indícios de que as versões falsas eram canetas de insulina com o rótulo original do medicamento para diabetes tipo 2 que foi usado incorretamente para perda de peso.
“Cinsulina anetas Fiasp FlexTouch eles eram readhesivo e reutilizado com rotueles de Ozempico do lote NP5K174qual possivelmente eles eram retirados indevidamente das canetas originais do medicamento”, informou a agência.
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