ROTTERDÃ, HOLANDA (FOLHAPRESS) – Um subtipo de câncer de próstata mais agressivo foi identificado em estudo publicado em 15 de outubro. Uma pesquisa de 2018 feita pelo mesmo grupo de cientistas do artigo mais recente já indicava suspeita desse subtipo do tumor. A nova pesquisa traz mais evidências sobre a doença, além de explorar os mecanismos que a causam.
O principal autor do novo artigo publicado na Cell Reports Medicine, Jean Tien, da Universidade de Michigan (EUA), explica que a investigação inicial, de 2018, trouxe as primeiras pistas sobre o subtipo de câncer. Neste estudo preliminar, Tien e colegas observaram que, de 360 amostras de metástases de pacientes com cancro da próstata agressivo, 7% delas apresentavam mutações num gene: CDK12.
Esta foi a primeira evidência sobre esse possível tipo específico de tumor. No entanto, era apenas uma suspeita. “Para poder estudar melhor as mutações desse gene relacionado ao câncer, usamos modelos animais”, explica Tien.
A ideia é simples: as mesmas alterações são feitas em ratos de laboratório, e os animais são monitorados para observar se desenvolvem câncer, que foi o que realmente aconteceu. A descoberta trouxe evidências mais confiáveis para as suspeitas levantadas anteriormente.
A evolução dos cânceres em humanos está relacionada a diferentes alterações genéticas. No caso do CDK12, por exemplo, o estudo concluiu que ele leva a mutações em outros genes, como o P53, que já é reconhecido como associado ao câncer de próstata.
“Provamos que o CDK12 é muito importante no câncer de próstata e, quando muda para outro gene tumoral progressivo, piora o câncer”, resume Tien.
Esta é uma das razões que pode explicar porque este género cria o cenário ideal para a progressão mais rápida do cancro da próstata.
Tien afirma que não é possível acessar todos os mecanismos que explicam a relação entre CDK12 e o tumor, mas essa mutação específica leva à instabilidade em outros genes, o que provoca mais mutações em efeito cascata.
“O CDK12 promove danos ao DNA e, quando há danos nele, isso basicamente leva à mutação, que pode causar câncer”, acrescenta.
POSSÍVEL TRATAMENTO
No mesmo dia em que foi publicado o estudo sobre o CDK12, outro estudo assinado pelo mesmo grupo de pesquisadores já apontava uma possível solução para o problema.
Ao mesmo tempo em que os cientistas tentavam entender os casos de cânceres mais agressivos, também identificaram um mecanismo que poderia bloquear a ação do gene alterado em casos de pacientes que apresentam esse problema genético associado ao câncer de próstata.
A ideia envolve outro gene, o CDK13, que tem função muito semelhante ao CDK12. Ambos são dependentes um do outro, o que significa que o CDK13 também está associado a estes casos de tumores mais agressivos.
Os autores do estudo pensaram em um inibidor que pudesse ser ingerido por via oral para interromper a ação nociva produzida por ambos os genes. Testes laboratoriais desse inibidor, tanto em modelos celulares quanto em camundongos, demonstraram que a droga inibe especificamente a ação dos dois genes, reduzindo a proliferação de células cancerígenas.
Porém, essa inibição levou à progressão do câncer de outra forma, chamada AKT e já conhecida no meio científico. Portanto, Tien afirma que o modelo ideal seria utilizar o inibidor de CDK12 e CDK13 em associação com outra forma terapêutica direcionada ao mecanismo AKT.
Mas, por enquanto, o inibidor do gene ainda precisa ser investigado em extensas fases de ensaios clínicos em humanos para descobrir se é seguro e verdadeiramente eficaz. Os próximos genes e os seus efeitos cancerígenos deverão ser melhor compreendidos no futuro.
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