Diferentes doenças como dor de cabeça, câncer, fibromialgia e tendinite são marcadas por algo em comum: fazem os pacientes conviverem com a dor. Segundo o Ministério da Saúde, 37% dos brasileiros com mais de 50 anos apresentam dores crônicas. É mais comum entre mulheres, pessoas de baixa renda, pessoas com depressão, com histórico de quedas e internações, com diagnóstico de artrite e dores nas costas ou coluna. A compreensão do mecanismo da dor é importante porque influencia na escolha do tratamento mais adequado.
Segundo o neurologista Antonio Damin, a vivência da dor é multidimensional, com aspectos fisiológicos, sensoriais, afetivos, cognitivos, comportamentais e socioculturais. “Saber diferenciar os tipos de dores é importante para que o paciente saiba quando consultar o médico, pois algumas delas indicam que algo está errado com o corpo. Além disso, não é amplamente conhecido que a dor pode ser uma manifestação de doenças psiquiátricas, como ansiedade, depressão e psicose, além de fazer parte do transtorno de somatização.”
Apesar do alerta, a dor faz parte da vida e algumas manifestações são muito comuns. É o que acontece, por exemplo, com a cefaleia tensional, que é a mais comum na população. Também é comum sentir dores musculares, devido ao esforço, má postura ou mesmo exercício físico. Portanto, não há necessidade de se preocupar sempre.
“Uma dor de cabeça, por exemplo, pode surgir após um dia cansativo e muito estressante, pode ser um simples sinal de cansaço. Mas se você notar que isso acontece com muita frequência, é importante ir ao médico para saber se está tudo bem. A mesma indicação vale para qualquer outra manifestação dolorosa em qualquer parte do corpo”, explica o neurologista.
O neurologista lista os 7 tipos de dor:
1. Dor causada por lesão
É o tipo mais comum e está relacionado a lesões que ocorrem nos tecidos musculares, ósseos ou ligamentares. Denominada “dor predominantemente nociceptiva”, manifesta-se quando ocorre a ativação fisiológica dos receptores da dor e costuma responder muito bem ao tratamento dos sintomas, realizado com analgésicos ou anti-inflamatórios não esteroides.
“Se uma pessoa sente que seu dedo começa a ser pressionado por algum tipo de peso, por exemplo, o corpo responde com dor para que essa ameaça se torne consciente. Assim, o indivíduo entende que isso pode causar lesões ao seu corpo.”
2. Dor aguda
Dura menos de 30 dias. Também é importante garantir a sobrevivência humana, pois ajuda a manter a integridade do organismo. É fundamental que um hematoma na pele, por exemplo, não doa até terminar a cicatrização.
É por isso que a dor aguda passa, mas quando há uma falha nesses sistemas surge a dor crônica.
3. Dor crônica
Dura mais de três meses. É debilitante e tem consequências significativas nas condições físicas, emocionais e até comportamentais da pessoa.
Quem tem esse tipo de dor pode sentir insônia, estresse, irritabilidade, depressão e falta de interesse nas atividades diárias. Nestes casos, o ideal é ir além do alívio dos sintomas, como promover a mudança no comportamento do indivíduo, considerando os aspectos afetivos e cognitivos associados.
4. Dor neuropática
Caracterizada por sensações como queimação, ardor e dormência, resulta de uma ativação anormal dos mecanismos que identificam a dor e pode se manifestar por pressão, roçar na pele ou estímulo térmico, como o frio.
Não costuma responder muito bem aos analgésicos comuns e algumas condições, como quimioterapia ou diabetes, apresentam predisposição para esse tipo de dor.
5. Dor mista
Está associada às manifestações de dor neuropática e nociceptiva, ou seja, ocorre quando há compressão de nervos e raízes, bem como de ossos, articulações, ligamentos e facetas. Alguns exemplos são:
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Dor causada pelo câncer (dor do câncer)
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dor ciática
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Síndrome do túnel do carpo (compressão dolorosa do nervo mediano)
6. Dor miofascial
É a causa mais comum de dor musculoesquelética. O termo descreve condições clínicas muito específicas de dores musculares regionais, que geralmente estão associadas a um ou mais pontos dolorosos, chamados pontos-gatilho.
Este tipo de dor é mal localizada, profunda e não pode ser facilmente identificada, como é o caso das dores diagnosticadas com tendinite, bursite ou reumatismo de partes moles. Além da manifestação dolorosa, a dor miofascial desencadeia fenômenos motores sensitivos ou autonômicos, tais como:
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Redução da mobilidade local
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Fraqueza muscular
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Dormência
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Formigamento
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Vertigem
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Urgência ou desconforto ao urinar
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Mudanças no padrão de sono
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Mudanças de humor
Tendem a aparecer com maior frequência no sexo feminino, pessoas de meia-idade e com hábitos sedentários.
7. Dor da fibromialgia
Condição clínica que causa dores em todo o corpo, afetando principalmente os músculos. É identificada em cerca de 10% a 15% dos pacientes que consultam especialistas em reumatologia e em cerca de 5% dos pacientes que procuram atendimento em clínicas médicas.
Também pode haver presença de sintomas associados, como: cansaço, ansiedade, depressão, alterações de memória, problemas de atenção e alterações intestinais.
Sete a nove em cada 10 pacientes diagnosticados são mulheres. Em geral, o problema começa a se manifestar entre os 30 e os 60 anos, mas também pode ocorrer em crianças, adolescentes e idosos.
A dor da fibromialgia se espalha por todo o corpo e, geralmente, a pessoa não consegue definir quando começou, se foi localizada e depois se espalhou ou se já começou por todo o corpo. Cerca de 95% dos pacientes com dores na fibromialgia sofrem alterações no sono, com dificuldade em manter o sono profundo.
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