A dor de uma separação é um dos maiores desafios emocionais que as pessoas podem enfrentar. No entanto, estudos recentes indicam que compreender os processos neurobiológicos envolvidos neste tipo de sofrimento pode ser a chave para uma recuperação mais rápida e eficaz. Embora comumente interpretada como uma questão puramente emocional, a neurociência revela que, por trás desse evento, há uma série de reações químicas no cérebro que influenciam diretamente o estado emocional, fornecendo estratégias valiosas para superá-lo.
Fabiano de Abreu Agrela, neurocientista e graduado em Biologia, explica que, ao vivenciar uma ruptura, o corpo entra em estado de alerta. “O aumento da produção de glutamato e noradrenalina ativa o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), que aumenta os níveis de cortisol e adrenalina – hormônios que intensificam a sensação de estresse”, pontua. Esse estado de excitação crônica afeta regiões do cérebro associadas à regulação emocional, como o hipocampo e o córtex pré-frontal, responsáveis pelo controle dos impulsos e das decisões racionais.
Porém, o cérebro possui mecanismos que, se ativados corretamente, podem ajudar a minimizar esses efeitos e restaurar o equilíbrio emocional. A neurociência sugere que atividades prazerosas, como exercício físico, meditação, hobbies e até expressão criativa, podem promover a produção de dopamina – um neurotransmissor que desempenha um papel crucial nos sentimentos de recompensa e bem-estar. “A liberação de dopamina também aumenta os níveis de serotonina, neurotransmissor essencial para a estabilidade emocional”, destaca Fabiano.
Além disso, a especialista destaca a importância do autocuidado nesse processo. Segundo ele, redirecionar o foco para si mesmo, investindo tempo em atividades que promovam o amor próprio e a autoestima, pode acelerar a recuperação emocional. “Reconhecer os motivos da separação e os aspectos menos favoráveis da relação é crucial. Ao focar nesses pontos, o córtex pré-frontal é ativado, facilitando a aceitação e o controle emocional”, completa.
A recuperação após um rompimento é um processo único, que varia de pessoa para pessoa, e os perfis neurobiológicos influenciam diretamente o momento e a forma como cada pessoa enfrenta o luto. Em alguns casos, o apoio de amigos e familiares pode ser suficiente, enquanto noutros, o apoio de um profissional de saúde mental, como psicólogos e terapeutas, pode ser essencial para uma recuperação saudável.
O cérebro, mesmo sob estresse emocional, é capaz de reestruturar seus circuitos e transformar uma situação de perda em oportunidade de crescimento e autoconhecimento. O processo pode ser doloroso, mas com a abordagem certa também se torna um caminho para um novo começo.
Reconhecer os motivos da separação e os aspectos menos favoráveis da relação é crucial. Segundo Fabiano, “focar nos aspectos negativos do comportamento do ex-companheiro pode ser uma estratégia útil para ativar o córtex pré-frontal, facilitando a aceitação e o controle emocional”. Ao mesmo tempo, é importante investir tempo em realizações pessoais que proporcionem satisfação e elevem os níveis de dopamina, contribuindo para o equilíbrio emocional e a superação de perdas.
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