O mês de outubro é conhecido por diversas campanhas relacionadas à saúde, como câncer de mama, osteoporose e artrite reumatoide. Os dois últimos complementam o Dia Mundial da Dor, que acontece nesta quinta-feira, 17 de outubro. A data tem como objetivo conscientizar a sociedade e mobilizar esforços para combater os impactos da dor crônica, problema de saúde pública que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
A dor pode impactar significativamente a qualidade de vida das pessoas, causando diversos tipos de dificuldades, desde simples desconfortos até dificuldades para dormir, trabalhar, estudar e socializar, podendo levar à depressão, ansiedade e isolamento social. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 42% da população do planeta sofre de algum tipo de dor e até 92% experimentará o problema pelo menos uma vez na vida.
A dor pode ser classificada como aguda ou crônica. A primeira é caracterizada por curta duração, geralmente causada por doença ou lesão, sem continuidade ou regularidade. A dor crônica é aquela que pode durar mais de três meses, causando alterações na função e na estrutura do sistema nervoso central, o que torna o indivíduo mais sensível aos estímulos dolorosos.
Segundo o reumatologista José Eduardo Martinez, presidente da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a dor crônica é um dos principais desafios enfrentados pelos pacientes reumáticos. “Nossa missão é promover o diagnóstico precoce e oferecer acesso ao tratamento adequado, pois a dor não tratada pode comprometer gravemente a qualidade de vida das pessoas”, afirma.
Dentre as doenças reumáticas que causam dor, a fibromialgia talvez seja a mais emblemática. A síndrome, que se caracteriza por dores generalizadas, principalmente nos músculos, apresenta diversos sintomas como fadiga, distúrbios do sono, alterações de memória e atenção, ansiedade, depressão e alterações intestinais. “A fibromialgia resulta de uma alteração no sistema nervoso que faz com que ele tenha uma percepção ampliada da dor. Está também associada ao stress crónico”, explica José Eduardo.
A doença é bastante comum e está presente em pelo menos 5% dos pacientes que procuram atendimento médico e entre 10 e 15% dos pacientes que vão ao consultório do reumatologista. Afeta com maior frequência mulheres, entre 30 e 60 anos, mas há casos em pessoas mais velhas e até em crianças e adolescentes.
As doenças reumáticas em geral causam muitas dores e são uma das maiores causas de afastamento do trabalho e aposentadoria por invalidez e afetam mais de 15 milhões de brasileiros. Entre as principais doenças reumáticas estão:
- Artrite reumatoide
- Osteoartrite/Artrose
- Espondiloartrite
- Dor lombar
- Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES)
- Fibromialgia
- Osteoporose
- Derrubar
- Febre reumática
- Vasculite
- Doença de Sjögren
- Doença de Behçet
- Esclerose Sistêmica (ES)
“Conscientizar a população e os profissionais de saúde sobre essa realidade é fundamental para que possamos avançar na oferta de atendimento integral aos pacientes”, destaca o reumatologista.
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