A reposição hormonal na menopausa e o coração: o q…

A reposição hormonal na menopausa e o coração: o q…



O último Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa e Menopausapublicado em 2024, traz importantes evidências científicas em relação à polêmica sobre a reposição hormonal. A terapia, administrada em mulheres na menopausa, é realmente recomendada nesta fase pelos benefícios à qualidade de vida e sem contraindicações quando feita dentro do prazo. janela de oportunidade.

Sobre o que falamos? Nos primeiros dez anos após o início da menopausa e/ou antes dos 6 anos de idade. Por outro lado, iniciar o tratamento fora destes parâmetros pode aumentar o risco absoluto de doenças cardíacas, tromboembolismo venoso e acidente vascular cerebral.

A conclusão do documento, publicado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), envolveu diversos estudos, que também consideraram a necessidade de análise caso a caso para uma prescrição que leve em consideração o histórico de saúde do paciente.

A reposição ou não dos hormônios que não são mais produzidos pelo corpo feminino após a idade fértil tornou-se uma dúvida entre os especialistas a partir de 2002, quando a Women’s Health Initiative (WHI), do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, publicou um relatório clínico ensaio afirmando que há mais desvantagens do que vantagens no uso de estrogênio sozinho ou combinado com progesterona para minimizar os sinais e sintomas da menopausa.

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Os possíveis danos incluem aumento do risco de câncer de mama, acidente vascular cerebral, doença arterial coronariana (DAC) e tromboembolismo venoso (TEV). O estudo considerou um acompanhamento médio dos pacientes de 5,2 anos.

O impacto desta avaliação levou a uma redução progressiva da recomendação e utilização da terapia hormonal, que, antes da publicação do documento, era bastante difundida. Contudo, a população analisada pelo WHI era mais idosa, em torno de 63 anos. Portanto, a idade avançada no momento do início da TH poderia estar associada a maior risco cardiovascular no início do estudo, com lesões avançadas ou complexas, mais suscetíveis aos efeitos pró-trombóticos e pró-inflamatórios do estrogênio reposto, principalmente quando utilizado por via oral .

Contudo, actualmente, as mulheres passam mais de um terço das suas vidas em pós-menopausa – estima-se que até 2025 12% da população mundial estará nesta condição. Por isso, o efeito protetor da reposição é fundamental: a terapia hormonal minimiza efeitos indesejados, como os famosos ondas de calor, suores noturnos e distúrbios do sono e do humor.

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Portanto, quando a terapia de reposição ocorre logo após a menopausa, ela tende a não causar danos e mostra-se benéfica. Uma revisão de 19 ensaios clínicos de substituição oral (incluindo aqueles realizados pelo WHI), com mais de 40 mil pacientes na pós-menopausa, com análises de subgrupos daquelas que iniciaram a terapia menos de dez anos após a menopausa, relatou menor risco e mortalidade por doenças cardiovasculares.

A favor do coração

As doenças cardiovasculares estão entre as maiores causas de mortalidade feminina. Levantamento da Sociedade Paulista de Cardiologia (SOCESP), com base em registros oficiais, mostra que, em 2022, cerca de 190 mil mulheres morreram em decorrência do problema no país.

A menopausa contribui para estas estatísticas, pois contribui para o aparecimento dos riscos tradicionais: a redução da função protetora do HDL-colesterol e o aumento da concentração de colesterol ruim e a propensão para hipertensão e diabetes. Na menopausa precoce, os riscos tendem a ser aumentados.

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As mudanças no estilo de vida também marcam esta transição. O estilo de vida sedentário Torna-se tendência porque a queda dos hormônios reduz a energia tanto para a rotina quanto para os exercícios. Mas as mulheres não devem sucumbir: na pós-menopausa, há perda óssea e diagnóstico de osteoporose em 20 a 30% dos casos, aumentando a probabilidade de fraturas, além de facilitar o ganho de peso – e, consequentemente, ameaças metabólicas e cardiovasculares. .

O fumar É ruim para todos, mas as fumantes têm duas vezes mais chances de ter menopausa precoce e as ex-fumantes têm 15% mais chances de sofrer de falência ovariana e também de menopausa precoce.

O estresse Outra preocupação é que há maior ocorrência de depressão e ansiedade nessa fase de mudança. Gatilhos emocionais associados podem levar à ativação sustentada do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, com desregulação do perfil metabólico e inflamação sistêmica, aumentando a vulnerabilidade cardiovascular.

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Tratamento individualizado

Como já visto, os efeitos benéficos da terapia de reposição hormonal dependem de determinados protocolos. A decisão sobre início, dose, regime de administração e duração deve ser tomada em conjunto com o médico.

Mulheres na menopausa com fatores de risco cardiovascular requerem avaliação cuidadosa antes da prescrição. Aqueles com hipertensão arterial sistêmica controlada e sintomas vasomotores moderados a intensos são elegíveis para substituição por qualquer via. Na presença de obesidade, dislipidemia, diabetes e síndrome metabólica, a opção tende a ser a terapia estrogênica transdérmica.

Ao considerar a via de administração, a questão central diz respeito à estrogênioque pode ser administrado por via oral, transdérmica ou vaginal. A via vaginal destina-se a efeitos locais no sistema genital, sem efeitos sistêmicos significativos, enquanto as vias oral e transdérmica são mais eficazes.

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Por via oral, o estrogênio sofre o chamado efeito de primeira passagem no fígado e interfere na síntese dos fatores de coagulação e, por isso, há chance de aumento do risco trombótico. Esse fenômeno explica o fato de o estrogênio oral favorecer algum aumento nos níveis plasmáticos de triglicerídeos, mas também proporciona maior aumento do colesterol bom (HDL) associado a maior redução do colesterol ruim (LDL) do que o observado com a via transdérmica.

A terapia vaginal com estrogênio para tratar a síndrome geniturinária da menopausa pode ser usada em pacientes com fatores de risco cardiovascular conhecidos ou doença estabelecida – e não requer a adição de progestagênio naquelas que tiveram seus ovários removidos.

É importante ressaltar que não aplicamos terapia hormonal em pacientes com doença cardiovascular manifesta, história de infarto agudo do miocárdio ou acidente vascular cerebral. Da mesma forma, alguns tipos de câncer contra-indicam isso. Nunca é demais lembrar que os exames de rotina para acompanhamento do útero, das mamas e das artérias nunca devem ser negligenciados, independentemente de a mulher fazer uso ou não de terapia hormonal.

* Maria Cristina Izar é cardiologista, presidente da SOCESP (2024/2025) e professora do Departamento de Cardiologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Carla Lantieri é membro da SOCESP Mulher e coautora da Diretriz Brasileira de Saúde Cardiovascular na Menopausa e na Menopausa

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