Pesquisadores descobrem molécula capaz de reproduzir efeitos de exercícios e jejum no corpo – Jornal Estado de Minas

Pesquisadores descobrem molécula capaz de reproduzir efeitos de exercícios e jejum no corpo – Jornal Estado de Minas



BARRA MANSA, RJ (FOLHAPRESS) – Uma nova molécula candidata a medicamento, chamada LaKe, promete reproduzir no corpo humano alguns efeitos gerados pela prática de atividade física jejum intenso e prolongado. Os estudos, porém, ainda estão em fase pré-clínica e só foram testados em animais.

A prática de exercícios físicos extenuantes e o jejum prolongado liberam no organismo duas substâncias que têm chamado cada vez mais a atenção dos pesquisadores. São eles, respectivamente, lactato e beta-hidroxibutirato (BHB). A nova molécula, LaKe, atua como precursora de ambas as substâncias e, quando ingerida, pode levar ao aumento de suas concentrações no organismo.

José Mill, pesquisador da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo) e da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares), destaca que o exercício físico tem impacto positivo em inúmeras funções metabólicas além da produção de lactato e BHB. Entre eles, aumenta a sensibilidade à insulina, aumenta a massa muscular, reduz a sarcopenia e a osteopenia (perda de músculos e ossos, respectivamente), melhora a autoestima e o sono.

Portanto, para o especialista, é pouco provável que algum medicamento que venha a ser desenvolvido consiga substituir a atividade física. Apesar disso, a pesquisa poderá gerar tratamentos inovadores para condições específicas no futuro. Entre eles, Mill destaca um papel potencial no combate à obesidade. Particularmente, o lactato e o BHB têm a capacidade de suprimir o apetite e retardar o esvaziamento do estômago. No entanto, ainda é necessária muita investigação antes de um medicamento comercial ser lançado.

Até agora, apenas foram realizados testes em ratos. Os animais foram divididos em dois grupos, um deles recebeu doses orais de LaKe e o outro recebeu placebo. Os ratos foram anestesiados durante o experimento. A substância também passou por testes in vitro, ou seja, testes de estabilidade e atividade em células e tecidos humanos produzidos em laboratório, sem envolver seres vivos.

Nos testes in vitro, o LaKe mostrou-se satisfatoriamente estável nas condições analisadas. Os resultados foram posteriormente confirmados em estudos com ratos. Os níveis de lactato e BHB aumentaram após 30 minutos da administração da substância.

Numa segunda experiência, com duração de 8 horas, os níveis de BHB mais do que duplicaram entre os roedores que receberam LaKe versus aqueles no grupo placebo. A concentração de lactato aumentou aproximadamente quatro vezes, dependendo da dose do novo fármaco molecular recebido. Os resultados foram publicados pela revista científica Journal of Agricultural and Food Chemistry.

A pesquisa foi conduzida por pesquisadores da Universidade Dinamarquesa de Aarhus, que esperam avaliar as respostas cardiometabólicas, hormonais e neurológicas ao uso de substâncias em estudos futuros.

Embora o lactato tenha sido considerado apenas um resíduo metabólico nos últimos séculos, hoje é cada vez mais visto como um importante biomarcador no organismo. Produzida após a prática de exercícios intensos, a molécula tem sido estudada, primeiramente, como uma confirmação de desempenho nos treinos de atletas de alto rendimento, sobretudo.

Mas a nova pesquisa vai além. Um artigo publicado este ano no Journal of Translational Medicine mostrou que o lactato também possui propriedades capazes de modular o funcionamento cardiovascular. Oito porcos foram utilizados no trabalho e receberam a substância ou placebo. Em seguida, o fluxo sanguíneo e a pressão pulmonar foram monitorados.

As conclusões da pesquisa revelam melhora nas condições do grupo de animais que recebeu infusões de lactato e recomendam a realização de novos estudos clínicos dessa substância.

A função cardiovascular melhorada também é atribuída ao BHB. Em estudo publicado no ano passado na revista JACC: Heart Failure, os pesquisadores também mostram que há melhora da função cardíaca em pacientes tratados com a substância. Para obter os dados, foram realizados exames em 13 pacientes adultos, também divididos em grupo de tratamento e grupo controle.

Além de melhorar as funções cardiovasculares, às cetonas, como a BHB, é atribuída a função de combustível para as mitocôndrias, nossas fábricas internas de energia. A comunicação entre as diferentes células do corpo também é, em parte, responsabilidade dessas substâncias.

Contudo, ainda existem possíveis efeitos colaterais que ainda não foram avaliados, pois a maioria das funções metabólicas dessas substâncias são desconhecidas. Há evidências de que o lactato pode estar envolvido no surgimento do câncer, segundo Guilherme Speretta, professor e pesquisador da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina).

Para o especialista, os medicamentos também não podem substituir a prática de atividade porque “nosso corpo responde de forma exata e necessária na produção dessas substâncias. Exogenamente, é muito difícil chegarmos a uma dose clara e segura para toda a população”. .”





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