Família, ancestralidade e etnia: a genética e o ri…

Família, ancestralidade e etnia: a genética e o ri…



Como o mercado de genômica continua a crescer – de acordo com Consultoria Nova One Advisoro sector deverá aumentar de 39,53 mil milhões de dólares em 2024 para 157,47 mil milhões de dólares em 2033 –, é essencial abordar a diversidade de testes disponíveis para investigação diagnóstica e análises genéticas em geral.

Existem diferentes tipos que podem ser solicitados tanto quando há suspeita de alguma doença, como câncer de mama ou síndrome hereditária, quanto para avaliar predisposições genéticas a diferentes doenças.

Ao fazer um teste de DNA, muitas pessoas procuram entender suas origens e predisposição a determinados problemas de saúde. No contexto do câncer de mama, uma das doenças mais comuns entre as mulheres em todo o mundo, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA),
É fundamental considerar a complexidade das suas causas, que envolvem dois componentes principais: genético e ambiental.

Aproximadamente 70% dos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama estão relacionados a influências ambientais, como hábitos de vida e exposição a determinadas substâncias (tabaco, bebidas alcoólicas, exposição a produtos químicos, entre muitas outras) e alterações moleculares aleatórias, enquanto cerca de 30% % são atribuídos a fatores genéticos.

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Contudo, estes números não se referem a uma divisão exata dos casos de cancro da mama, mas sim à proporção em que estes fatores influenciam o risco de desenvolver a doença. Por exemplo: uma pessoa pode ter fatores genéticos e ambientais que contribuem simultaneamente para um risco aumentado de cancro.

Além disso, cerca de 10% dos casos estão relacionados com mutações raras em genes específicos, como BRCA1 e BRCA2, que aumentam consideravelmente o risco.

Cada vez mais preciso e acessível, testes genéticos eles podem mapear o DNA e identificar diferentes mutações que indicam uma predisposição ao desenvolvimento do câncer. Como exemplo, posso citar mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, ligadas ao câncer de mama com maior prevalência em determinadas populações, como os judeus, inclusive os que emigraram para o Brasil e seus descendentes.

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Ancestralidade e câncer

O conceito de “efeito fundador” é relevante aqui: pequenas populações carregam mutações genéticas introduzidas pelos seus fundadores, que se perpetuam ao longo de gerações. Esse fenômeno pode explicar a presença de mutações em determinadas regiões do Brasil, como as observadas tanto em populações de ascendência africana quanto europeia.

Dados coletados pela Genera mostram características importantes das origens ancestrais dos brasileiros, temos aproximadamente os seguintes indicadores: 72% de ascendência europeia, 11% de origem africana, 6,5% das Américas, 5,5% do Oriente Médio, 3% de judeus e 2% de asiáticos. Que diversidade genética influencia diretamente na predisposição a determinadas doenças, inclusive alguns tipos de câncer, e demonstra a miscigenação da nossa população.

No país, uma única pessoa pode carregar fragmentos de DNA de todas essas populações – e consequentemente as variantes de risco herdadas de cada grupo étnico.

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A revista científica câncer de mama clínico publicou, em 2023, um estudar que revelou diferenças significativas nas taxas de câncer de mama por etnia em diversas regiões do Brasil. Foram analisados ​​mais de 1.200 casos de tumores HER-2 previamente diagnosticados, mostrando variações significativas na incidência e nos subtipos de câncer de mama entre as diferentes populações estudadas.

No Sul, predominantemente constituído por indivíduos de etnia branca com forte ascendência europeia, foi observada maior incidência de tumores luminais HER-2 negativos (subtipo de câncer). Esses tumores não possuem a proteína HER-2 em suas células, o que geralmente está associado a um crescimento mais lento e a um prognóstico mais favorável. Os casos foram diagnosticados em idosos, com alto índice de tumores precoces, identificados em estágios iniciais.

Por outro lado, nas regiões Norte e Nordeste, onde predomina a ascendência africana, a ocorrência de tumores HER-2 positivos foi maior. Esses tumores apresentam superexpressão da proteína HER-2, geralmente associada a um crescimento mais rápido.
agressivo.

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O peso da região

Um estudo realizado pela Genera corrobora a publicação anterior e reforça a importância de considerar a demografia e a ancestralidade ao avaliar os riscos genéticos associados à doença. De acordo com a escala de risco genético, que analisou mais de 260 mil amostras de DNA em diferentes regiões do Brasil, o Sudeste tem o maior percentual de amostras classificadas como de risco aumentado para câncer de mama, com 34,2%.

As demais regiões continuam com as seguintes taxas: Sul (31,7%), Nordeste (31,5%), Norte (31,2%) e Centro-Oeste (27,4%). Embora esses estudos indiquem resultados diferentes devido ao foco do estudo e da amostragem, eles ilustram bem a relevância de compreender a nossa história genética, mostrando a predominância de incidências ou predisposições regionalizadas.

Sabemos que a maioria dos casos de cancro da mama não tem um componente genético familiar específico, como mutações, mas o rastreio genético pode ajudar a encorajar investigações adicionais e cuidados preventivos. Exames periódicos, como mamografiasaliados ao conhecimento do risco genético, são fundamentais para detectar precocemente possíveis anomalias e aumentar as chances de cura.

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Vale destacar também a importância da análise genética do ADN tumoralrealizado após o diagnóstico de câncer. O DNA do tumor sofre mutações ao longo do tempo e a identificação dessas mutações é essencial para determinar o tratamento mais adequado. O remédio
a precisão, baseada no perfil genético do tumor, vem se consolidando como uma poderosa ferramenta no combate ao câncer, permitindo terapias mais personalizadas e eficazes.

Seja através da prevenção ou do tratamento, o conhecimento genético desempenha um papel central nos cuidados de saúde modernos, ajudando a salvar vidas e promovendo cuidados cada vez mais individualizados e eficazes. Nem todas as mutações detectadas resultam necessariamente em câncer, e é importante ter um monitoramento médico interpretar os resultados corretamente e determinar as melhores ações a serem tomadas.

Compreender a relação entre ancestralidade, genética e câncer de mama é um passo fundamental para a prevenção desta doença. Os testes genéticos, combinados com a análise da história familiar e da etnia, podem fornecer um sinal de alerta precoce, permitindo que as mulheres em grupos de risco tomem decisões informadas sobre a sua saúde. À medida que a ciência avança, estas ferramentas tornam-se cada vez mais poderosas.

*Ricardo di Lazzaro é médico e farmacêutico, com doutorado em genética pela USP, cofundador da Genera

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