Marburg: entenda vírus com potencial pandêmico que preocupa a África – Jornal Estado de Minas

Marburg: entenda vírus com potencial pandêmico que preocupa a África – Jornal Estado de Minas


Na última sexta-feira (27/9), o Ministério da Saúde de Ruanda confirmou casos inéditos de infecção pelo vírus Marburg no país. Amostras de sangue de pacientes que apresentaram sintomas compatíveis foram analisadas pelo Laboratório Nacional de Referência e testaram positivo para a doença. Dois dias depois, pelo menos 26 casos já tinham sido confirmados em sete dos 30 distritos do Ruanda, sendo que mais de metade dos infectados eram profissionais de saúde de duas unidades da capital Kigali.

O último boletim divulgado esta semana pelas autoridades de saúde ruandesas regista 31 pessoas infetadas e 11 mortes. No total, 19 pacientes estão mantidos em isolamento enquanto recebem tratamento.

O rastreamento e teste de pessoas próximas aos infectados, segundo o Ministério da Saúde local, está em andamento, com mais de 300 pessoas sendo monitoradas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) coordena ações de controle e prevenção de casos no país e nas nações vizinhas.

A entidade define a doença de Marburg como altamente virulenta e responsável pela febre hemorrágica com mortalidade de até 88%, dependendo da cepa e do manejo do caso. Pertencente à mesma família do vírus Ebola, o Marburg causa sintomas que começam abruptamente, incluindo febre alta, dor de cabeça intensa e mal-estar intenso. Muitos pacientes desenvolvem sintomas hemorrágicos graves durante um período de apenas sete dias.

>> Confira as principais perguntas e respostas sobre Marburg (informações da OMS e do Centro de Controle e Prevenção de Doenças do Continente Africano – África CDC):

É classificada como uma doença grave e muitas vezes fatal causada pelo vírus Marburg. A infecção causa febre hemorrágica viral grave em humanos, caracterizada por febre, forte dor de cabeça, dor nas costas, dor muscular intensa, dor abdominal, vômito, confusão mental, diarreia e, em estágios muito avançados, sangramento.

A doença foi identificada pela primeira vez no município de Marburg, na Alemanha, em 1967. Desde então, tem havido um número limitado de surtos, notificados em Angola, na República Democrática do Congo, no Quénia, na África do Sul, no Uganda e, agora, no Ruanda. .

Em 2023, foram identificados dois surtos distintos de Marburgo em dois países: Guiné Equatorial e Tanzânia. Segundo a OMS, a doença representa uma grave ameaça à saúde pública devido ao seu alto índice de mortalidade, além da ausência de um tratamento antiviral ou mesmo de uma vacina capaz de conter a propagação do vírus.

Como é a infecção pelo vírus?

Inicialmente, os humanos podem ser infectados ao entrar em contato com morcegos Rousettus, um tipo de morcego frugívoro (que se alimenta de frutas) frequentemente encontrado em minas e cavernas. A transmissão de pessoa para pessoa ocorre principalmente através do contato com fluidos corporais de pessoas infectadas, incluindo sangue, fezes, vômito, saliva, urina, suor, leite materno, sêmen e fluidos da gravidez.

A infecção também ocorre através do contato com superfícies e materiais contaminados com esses fluidos corporais. A doença não se espalha pelo ar.

A OMS alerta que o vírus muitas vezes se espalha de um membro da família para outro ou de um paciente para um profissional de saúde que não utiliza equipamento de proteção adequado.

As pessoas infectadas continuam transmitindo Marburg enquanto houver carga viral no sangue, o que significa que os pacientes devem receber tratamento em unidades de saúde específicas e aguardar exames laboratoriais para confirmar o momento de retornar com segurança ao município.

Quais são os sinais e sintomas?

Os primeiros sintomas podem aparecer logo após a infecção e incluem febre alta, calafrios, forte dor de cabeça e cansaço intenso. A dor muscular também é um sintoma inicial comum.

O quadro tende a piorar com o passar do tempo, quando aparecem náuseas, vômitos, dores de estômago e/ou peito, erupções cutâneas e diarreia, que podem durar cerca de uma semana.

Nos estágios avançados da doença, é comum o sangramento em diversas partes do corpo, como gengiva, nariz e ânus. Os pacientes podem apresentar choque, delírio e falência de órgãos.

Segundo a OMS, os sintomas mais relatados da infecção de Marburg são:

– febre;

– dor nas costas;

– dores musculares;

– dor de estômago;

– perda de apetite;

– vômito;

– letargia;

– irritação da pele;

– dificuldade em engolir;

– dor de cabeça;

– diarreia;

– soluço;

– dificuldade em respirar.

Qual é o intervalo de tempo antes que os sintomas comecem a aparecer?

O intervalo de tempo entre a infecção de Marburg e o início dos sintomas varia de dois a 21 dias. Alguns pacientes apresentam sangramento entre cinco e sete dias, sendo que a maioria dos casos fatais costuma apresentar algum tipo de sangramento – geralmente em diversas áreas do corpo. O sangue no vômito e/ou nas fezes, por exemplo, costuma ser acompanhado de sangramento no nariz, gengivas e vagina.

“A morte pode ocorrer rapidamente e geralmente é causada por sepse viral, falência de múltiplos órgãos e sangramento”, alerta a OMS.

Os vírus Marburg e Ebola causam a mesma doença?

A OMS classifica as duas infecções como raras e semelhantes, mas causadas por vírus diferentes, ambos membros da família dos filovírus e capazes de causar surtos com altas taxas de mortalidade.

A doença de Marburg pode ser confundida com outras doenças infecciosas como Ebola, malária, febre tifóide e dengue, devido à semelhança dos sintomas.

Por esse motivo, apenas exames realizados em laboratório, com amostras de sangue, tecidos ou outros fluidos corporais do paciente, podem confirmar a infecção.

O que fazer em caso de sintomas de Marburg?

Se você ou alguém próximo apresentar sintomas semelhantes aos da infecção de Marburg, a orientação da OMS é entrar em contato com um profissional de saúde local para obter conselhos atualizados e precisos.

Nos casos em que há resultado positivo no teste para a infecção, o atendimento precoce em um centro de tratamento específico é considerado essencial, além de aumentar as chances de sobrevivência.

Não existe tratamento específico para a doença. Porém, para maximizar as chances de recuperação e aumentar a segurança das pessoas próximas, todos os pacientes devem receber atendimento e permanecer em um centro de tratamento designado para esse tipo de caso até que possam sair. A OMS não recomenda tratamento domiciliar.

“Se você ou um ente querido tiver um teste negativo para a doença de Marburg, mas ainda apresentar sintomas compatíveis, permaneça vigilante até que desapareçam e até que seja liberado pelo seu médico”, destacou a organização.

“Siga sempre as orientações dos profissionais de saúde, pois podem ser necessários exames laboratoriais adicionais em casos de resultado laboratorial negativo, mas com paciente sintomático”.

Como se proteger do vírus?

A melhor forma de prevenir a infecção por Marburg é evitar o contacto com indivíduos ou animais infectados e praticar uma boa higiene, bem como seguir outras medidas possivelmente recomendadas pelos governos e autoridades de saúde locais.

Se você mora ou está viajando para áreas onde foi relatada a presença do vírus – mesmo que não apresente sintomas e não tenha tido contato com paciente infectado –, a orientação é seguir medidas preventivas como:

– procurar atendimento caso apareçam sinais de infecção;

– lave as mãos regularmente com sabão ou solução para esfregar as mãos à base de álcool;

– evitar contato com fluidos corporais de pessoas com sintomas da infecção de Marburg, além de evitar manusear o corpo de alguém que faleceu com sintomas da doença;

– ao parar nos postos de controle de saúde oficiais, cumpra todas as medidas preventivas em vigor, incluindo verificação de temperatura e preenchimento de formulários de declaração de saúde.

Existe tratamento para a doença?

Atualmente não há tratamento disponível para pacientes diagnosticados com o vírus. Por isso, a OMS considera fundamental que as pessoas que apresentam sintomas semelhantes procurem atendimento precoce. C

Os cuidados de suporte, incluindo o fornecimento de hidratação adequada, o controlo da dor e outros sintomas que possam surgir, devem ser prestados por profissionais de saúde e são considerados a forma mais segura e eficaz de gerir a infecção.

O tratamento de coinfecções, como a malária, doença muito comum no continente africano, também é definido como crucial para os cuidados de suporte contra o Marburg.

Segundo a OMS, as terapias em fase de testes e ainda não aprovadas para o tratamento da infecção foram priorizadas para avaliação pela entidade por meio de ensaios clínicos randomizados.

Existem vacinas?

Até agora, não há vacinas aprovado para prevenir a infecção pelo vírus Marburg. Existem, no entanto, algumas doses atualmente em processo de desenvolvimento. “A OMS identificou a doença de Marburg como uma doença de alta prioridade para a qual é urgentemente necessária uma vacina”, afirma a OMS.



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