Enxurradas e enchentes: qual a diferença? Entenda

Enxurradas e enchentes: qual a diferença? Entenda


Não é incomum ouvir falar de inundações ou inundações repentinas. Infelizmente, embora possam ser previstos eventos relacionados com o curso e a elevação das águas, estes são fenómenos que tendem a afetar as grandes cidades com alguma frequência. A tragédia aqui no Rio Grande do Sul é um exemplo.

Quando nos deparamos com notícias de enchentes ou enchentes, quase sempre, como consequência do acontecimento, temos uma sucessão de perdas materiais para a sociedade. Além disso, outras situações trágicas acabam surgindo em decorrência desses fenômenos, muitas vezes consideradas evitáveis.

O que é uma inundação?

Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), as enchentes podem ser caracterizadas pelo rápido aumento do volume de água e seu rápido escoamento. Este aumento repentino leva a um transbordamento nas margens de rios e lagos. À medida que as águas escoam, o evento mostra sua capacidade destrutiva, arrastando casas, carros, árvores e até pessoas.

Não há como prever o comportamento da enchente, que pode durar horas, dias ou minutos. Seu impacto depende de alguns fatores, como:

  • Intensidade da chuva;
  • Topografia da área;
  • Condições de absorção do solo;
  • Cobertura vegetal;
  • Capacidade de drenagem da cidade afetada.

Nas áreas urbanas, por exemplo, quando chove muito e em grandes volumes, muitas vezes o sistema de drenagem não consegue dar conta do volume de água. Assim, uma inundação pode se formar em minutos, provocando até mesmo deslizamentos de terra.

O que é uma inundação?

A inundação é uma situação natural e sazonal de transbordamento de água. É quando os rios, lagos ou mares, provocados pelas chuvas sazonais, deixam o seu leito natural e começam a expandir-se para áreas adjacentes.

Por se tratar de um fenômeno natural, é possível prever o período de uma enchente, sua duração e recorrência. Normalmente quem realiza estudos deste tipo são profissionais de hidrologia.

Quando o transbordamento ocorre em áreas pouco habitadas pelo homem, a própria natureza cuida da situação, escoa gradativamente a água e, no final, são encontrados poucos danos ao meio ambiente, geralmente à agricultura. Por outro lado, quando ocorre em centros urbanos, os danos são variáveis: pequenos ou grandes, dependendo do volume de água e da densidade populacional.

Nestes casos, é comum que casas desmoronem e carros sejam arrastados. O desaparecimento de pessoas nas enchentes também ocorre com frequência.

As inundações naturais geralmente ocorrem em regiões com rios perenes, aqueles que nunca secam ao longo do ano. Esse tipo de rio possui três tipos de leito: um menor, o principal (onde a água tende a ficar concentrada por mais tempo) e o complementar, que fica alagado em épocas de cheia.

Esse fenômeno é comum em regiões conhecidas como várzeas. O período de cheia varia de rio para rio e, mesmo sendo previsível, pode surpreender a população por durar mais ou menos tempo.

Causas humanas

A interferência humana no curso d’água, segundo o MCTI, é uma das principais causas das inundações. A má distribuição da população também é um factor determinante da situação.

As inundações nas cidades são muitas vezes causadas por drenos entupidos e dificuldades do sistema de drenagem na gestão do volume de água, causando inundações e gerando perdas. Outra questão é a ocupação irregular dos principais leitos, ou seja, regiões consideradas inundáveis.

Como as inundações são previsíveis, sem planejamento governamental, as pessoas ficam sujeitas a inundações anualmente. Além disso, a retirada de vegetação na área da margem, tanto pelos moradores quanto pelo Estado, agrava o risco, pois essa vegetação cumpre um papel natural de contenção, evitando a subida das águas.

Apesar das razões mencionadas, a impermeabilização dos solos é considerada a principal causa das inundações causadas pelo homem. Com ruas asfaltadas e concretadas, a água não consegue infiltrar-se no solo durante chuvas fortes e depende exclusivamente do sistema de drenagem humana para drenar. Muitas vezes, o volume de chuva é superior à capacidade funcional do sistema, o que resulta em inundações.

Impacto ambiental

As perdas humanas e de infra-estruturas, como pessoas desaparecidas e edifícios danificados, não são os únicos impactos das inundações e inundações repentinas. A ocorrência desses fenômenos acarreta algo ainda mais grave: o impacto ambiental. As informações são do portal de notícias Terra.