O excesso de fuligem e fumaça no ar, associado ao clima seco que atinge grande parte do país, tem causado desconforto a muitas pessoas, principalmente crianças e idosos. A situação é preocupante, afirma a presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Margareth Dalcolmo.
“Nós, especialistas, estamos profundamente preocupados com os danos, muitas vezes agudos, [que a baixa qualidade do ar causa] ao sistema respiratório. Estão causando rinite, asma, bronquite aguda e muitas alergias respiratórias, comprometendo as crianças e, principalmente, os idosos, grupos que são sempre os mais vulneráveis a esses danos”, disse Margareth nesta segunda-feira (16/9) em entrevista com Rádio Nacional.
Segundo o especialista, há alguma dificuldade em fazer uma avaliação precisa do nível de danos causados às pessoas, uma vez que existe uma grande variedade de substâncias nocivas à saúde flutuando no ar. “Não podemos, neste momento, definir se será um dano definitivo ou temporário, porque o que circula nesta poluição atmosférica – associada à extrema secura do ar, à falta de humidade e às chuvas – contém muitas substâncias extremamente nocivas. “, disse o pneumologista.
Ela explica que a fumaça liberada pelos incêndios contém misturas de gases tóxicos e partículas muito finas que prejudicam os alvéolos pulmonares. “Eles também produzem monóxido de carbono, dióxido de enxofre, compostos orgânicos voláteis. Todos esses poluentes podem causar ou piorar doenças respiratórias. E quando piora, para pessoas asmáticas ou com enfisema pulmonar, é um desastre”.
Somente na cidade de São Paulo, lembra o médico, foram registrados valores de substâncias poluentes superiores aos encontrados na cidade de Cubatão, no interior do estado. “A Organização Mundial da Saúde recomenda não ultrapassar 45 microgramas, três a quatro dias por ano. Estamos ultrapassando 300 microgramas. Isto é muito grave”, disse ela.
Cuidado
Margareth Dalcolmo afirma que não há muito o que fazer para se proteger, mas destaca que algumas recomendações podem ser seguidas, como, por exemplo, ficar o máximo possível em casa; e ventile cuidadosamente a casa, sem deixar entrar partículas da área externa nos ambientes. “E você tem que [se] hidrate-se muito. É muito importante que as pessoas bebam o dobro do volume de água que costumam beber por dia”, acrescentou.
Diante da situação, o Ministério da Saúde pretende atualizar normas e recomendações à população, sobre os cuidados que devem ser tomados para evitar que a má qualidade do ar prejudique ainda mais a saúde das pessoas. A SBPT ainda foi convidada a participar da elaboração dessas medidas, em reunião marcada para amanhã (17), com autoridades ministeriais e especialistas.
A presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia afirma não ter dúvidas de que o sistema de saúde sofrerá um grande impacto, devido à maior incidência de doenças respiratórias na população. “Na verdade, já está trazendo, comprometendo e limitando a capacidade de atendimento das nossas emergências, das nossas clínicas da família”.
Questionada sobre quando seria o momento certo para as pessoas procurarem ajuda nos serviços de saúde, a pneumologista disse que isso deve ser feito quando começar a sentir desconforto e falta de ar. “Se a pessoa já tem problema respiratório, certamente está com a medicação de rotina. Então, pode ser que precise apenas usar uma dose maior da medicação de rotina”, disse ela.
“[A priori,] Quem deve procurar atendimento de urgência são pessoas idosas ou crianças que estão em início de desconforto respiratório, que se sentem muito mal e que se encontram numa situação que não pode ser superada em casa”, acrescentou.
Na opinião do médico, o uso de máscara é questionável, pois os modelos ideais são mais caros e menos disponíveis. “Máscaras cirúrgicas ou de outro tecido oferecem muito pouca proteção porque duram apenas algumas horas e não filtram materiais específicos muito pequenos”.
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