Sintomas inespecíficos são desafio no combate ao câncer infantil – Jornal Estado de Minas

Sintomas inespecíficos são desafio no combate ao câncer infantil – Jornal Estado de Minas



O câncer em crianças e adolescentes é bem diferente do que ocorre em adultos, seja nos tipos, na forma como se manifesta ou nas chances de cura. Os maiores desafios no enfrentamento da doença são a falta de sintomas específicos e uma definição clara dos fatores de risco. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), serão diagnosticados aproximadamente 7.930 casos entre 2023 e 2025 no Brasil, sendo 4.230 meninos e 3.700 meninas. O Sudeste é a região mais atingida, com estimativa de 3.310 casos.

O oncologista e pediatra do Cancer Center Oncoclínicas Belo Horizonte, Joaquim Caetano de Aguirre Neto destaca que, durante o “Setembro Dourado”, é fundamental lembrar que a conscientização pode salvar vidas. “Promover o conhecimento sobre sintomas, tratamentos e a importância do diagnóstico precoce pode fazer a diferença na vida de muitas crianças e adolescentes. Além disso, apoiar as famílias e investir em pesquisas contínuas são passos fundamentais para aumentar ainda mais as taxas de cura e melhorar a qualidade de vida dos pacientes jovens”, alerta.

Os sintomas são inespecíficos

Por existirem diferentes tipos de tumores, os sintomas variam, dificultando a descoberta da doença. Os mais comuns incluem:

  • Leucemias agudas
  • Leucemias cerebrais
  • Linfomas
  • Sólidos abdominais, como tumores renais
  • Neuroblastomas
  • Ocular, como retinoblastoma e osteossarcoma
  • Câncer ósseo

Os sinais de câncer em crianças e adolescentes são, na maioria das vezes, inespecíficos e podem ser confundidos com condições comuns da infância. Joaquim Caetano explica que alguns sinais de alerta incluem:

  • Fadiga constante
  • Dor óssea ou articular inexplicável
  • Febre persistente
  • Perda de peso sem causa aparente
  • Presença de caroços ou inchaços
  • Aumento do volume abdominal
  • Reflexos alterados de “olho de gato” nos olhos de crianças menores de cinco anos também podem indicar retinoblastoma

“É importante que os pais e cuidadores estejam atentos a qualquer alteração e procurem orientação médica caso algo pareça fora do normal”, destaca.

Consultas de rotina com um profissional de confiança e capacitado são essenciais para diminuir o tempo entre o aparecimento de uma alteração e o diagnóstico. “Exames clínicos, laboratoriais e de imagem, como radiografias e ressonâncias magnéticas, são essenciais para ajudar a confirmar a presença de tumores ou anomalias, que serão avaliadas por um oncologista pediátrico”, destaca o especialista.

Como qualquer outro tipo de câncer, o tratamento de crianças e adolescentes é personalizado, levando em consideração o tipo, estágio, idade, peso e condições específicas de cada paciente. As opções incluem cirurgia para remover tumores, quimioterapia para destruir células cancerosas, radioterapia e, em alguns casos, terapias mais avançadas, como imunoterapia e terapia direcionada.

Os fatores de risco não estão bem definidos

Segundo o oncologista, enquanto no adulto o estilo de vida e a exposição ambiental, como tabagismo, obesidade e infecção pelo papilomavírus humano (HPV), têm grande influência no desenvolvimento do tumor, nas crianças esses fatores não estão bem definidos. “Algumas síndromes genéticas, como neurofibromatose, Beckwith-Wiedemann e mutações hereditárias (retinoblastoma e Li-Fraumeni), podem aumentar o risco, mas, em muitos casos, o câncer infantil aparece sem uma causa clara e identificável”, afirma.

Portanto, a genética pode desempenhar um papel significativo em certos tipos de câncer. O oncologista afirma que em apenas 6% dos casos é possível identificar um fator genético relacionado à doença. “Alterações hereditárias ou mutações que ocorrem espontaneamente podem predispor a criança a ter um diagnóstico positivo. Porém, é importante destacar que a maioria dos casos não são hereditários, mas resultam de mutações que ocorrem por acaso durante o desenvolvimento da criança”, pontua.

Joaquim Caetano reforça que os avanços da medicina permitiram tratamentos menos invasivos e as taxas de sobrevivência ao cancro infantil melhoraram significativamente nas últimas décadas. “Hoje, taxas de cura acima de 80% podem ser alcançadas desde que o paciente seja atendido por uma equipe especializada em um centro de excelência. Isso significa que, ao receber um diagnóstico preciso, a maioria das crianças e adolescentes tem potencial de cura”, afirma.

*Estagiário sob supervisão da editora Ellen Cristie.



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