O senhor acaba de receber a Legião de Honra Francesa pela sua contribuição à ciência e à saúde pública. Como foi obter esse reconhecimento? Sempre tive uma relação próxima com a França, até mesmo através do meu trabalho na Fiocruz. Recebi uma carta do presidente Emmanuel Macron e depois houve uma cerimónia no Rio de Janeiro com os meus amigos. Foi muito alegre. Inclusive com a participação do Gilberto Gil, que foi meu paciente e é meu amigo. Recebi este prêmio com muita surpresa e com a modéstia necessária.
O Brasil inteiro conheceu vocês pelas suas manifestações durante a pandemia. Apesar de tantas mortes e doentes, houve e ainda há negacionismo. Como você lida com essa situação? Vejo tudo isso com muita preocupação. As pessoas falam da pandemia de covid-19 como se fosse a gripe espanhola. Mas o vírus não irá embora. Tornou-se uma endemia com a qual teremos que conviver. E a população precisa entender de uma vez por todas que as vacinas salvam vidas.
Quando você percebeu que havia se tornado uma voz tão relevante em um momento crítico para a humanidade? Gravei um vídeo elementar num momento em que o estado de emergência internacional acabava de ser declarado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 36 horas, foram 2 milhões de visualizações. Depois que dei a primeira entrevista, foram uma após a outra, inclusive para veículos e emissoras de TV estrangeiras. Além disso, eu ainda tinha quinze consultas médicas online por dia. Hoje, fico feliz em receber demonstrações de confiança. Nunca recebi hostilidade. Eles estão apenas nas redes sociais.
O Senado voltou a debater a produção e comercialização de vapes, cigarros eletrônicos, proibidos pela Anvisa. Qual é a sua leitura? A indústria do tabaco é muito inteligente. Ele criou este instrumento, que é uma das invenções mais terríveis. O vaping é uma epidemia grave e o Brasil tem papel pioneiro na proibição da publicidade e fabricação desses aparelhos. O argumento de quem quer legalizar baseia-se em duas premissas falaciosas: a primeira é a redução de danos, mas, em cinco dias, o indivíduo fica totalmente dependente. As pessoas chegam ao consultório com tosse e falta de ar, perdem desempenho na hora de fazer exercícios e até no namoro. A segunda falácia, ainda mais grave, é a cobrança de impostos. Você não pode arrecadar dinheiro com o que faz mal à saúde. Além disso, o que se ganhará com isso será menor do que o que se gasta com saúde.
Publicado em VEJA em 30 de agosto de 2024, edição nº 2.908
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