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Também nesta quinta-feira (29), a Fundação do Câncer lança a sexta edição da pesquisa Info.Oncollect, boletim periódico que traz dados sobre tabagismo e mortalidade por câncer de pulmão no Brasil. O trabalho mostra que embora no Brasil exista uma política de controle do tabaco bem estruturada, que levou à diminuição da prevalência de fumantes entre os homens, reduzindo em 1% a mortalidade por câncer de pulmão entre os homens, a mortalidade entre as mulheres aumentou. Eles começaram a fumar mais tarde que os homens.
A expansão do número de mulheres fumantes começa a se refletir no aumento da mortalidade feminina por câncer de pulmão, informou Luiz Augusto Maltoni. “Embora tenha havido queda de 1% na mortalidade por câncer de pulmão em todo o país, foi registrado um aumento médio de 2% entre as mulheres brasileiras, o que pode ser explicado pelo hábito de fumar”.
A pesquisa também indicou um elevado número de jovens estudantes que experimentaram vaping, mais de 20% de ambos os sexos. Luiz Augusto estimou que as estatísticas sobre os malefícios do uso do vape em relação ao câncer de pulmão se refletirão daqui a 20 anos, já que o câncer de pulmão é uma doença que progride lentamente. Os cigarros eletrônicos contêm nicotina derivada do tabaco, cuja concentração é cerca de duas a três vezes maior que a dos cigarros convencionais. Por isso, especialistas alertam para um possível aumento de casos de câncer de pulmão em idades mais jovens, antes dos 50 anos, faixa etária em que a doença foi mais notificada.
Alfredo Scaff destacou a necessidade da retomada urgente das campanhas educativas nacionais realizadas pelos Ministérios da Saúde e da Educação, bem como da fiscalização de fronteiras e do combate ao contrabando, à falsificação e à comercialização de cigarros tradicionais e eletrônicos, além da disponibilização de medicamentos e insumos para combater o tabagismo.
O diretor executivo da Fundação do Câncer disse que o imposto sobre produtos fumígenos precisa ser aumentado. Levantamento anual dos preços de um maço de cigarros entre os 188 países signatários da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS), realizado pelo Centro de Apoio ao Tabaco, revela que o preço é de R$ 33,26 em Portugal, R$ 48,59 na Alemanha e R$ 61,93 na Finlândia, ante apenas R$ 9,75 no Brasil que, segundo ele, favorece o vício.
Aditivos
A coordenadora do Projeto de Controle do Tabagismo da ACT Promoção da Saúde, Mariana Pinho, disse à Agência Brasil que os objetos da campanha da entidade neste ano são os aditivos de aroma e sabor utilizados pela indústria do tabaco em cigarros eletrônicos e convencionais. “Entendemos que esses produtos eletrônicos ou vapes são prejudiciais à saúde e que as regulamentações feitas pela Anvisa desde 2009 protegem a população e freiam sua disseminação desenfreada no Brasil”.
A Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019, observou que na população acima de 15 anos, 0,6% usava cigarro eletrônico. Na opinião de Mariana, isso tem tudo a ver com a resolução da Anvisa de proibir a circulação desses aparelhos. “Agora, depois de cinco anos de foco da Anvisa na revisão dessa resolução, ela entendeu que além da proibição que já existia, deveria ampliar a proibição de fabricação, transporte, armazenamento, distribuição.” institutos de pesquisa, usuários, setor regulado, sobre esse tema indicaram que deveria ser mantida a conduta da Anvisa ao proibir a circulação de cigarros eletrônicos”
A ACT Promoção da Saúde apoia a Anvisa e contraria o Projeto de Lei 5.008, de 2023, que, além de estabelecer a liberação desses produtos, prevê o uso de aditivos de aroma e sabor. Também permite a venda pela internet, o que contraria a legislação vigente contra o tabagismo. O marketing pela internet aumenta a possibilidade de menores adquirirem esses produtos, considerou Mariana.
A ACT Promoção da Saúde é uma organização não governamental que trabalha na promoção e defesa de políticas públicas de saúde, especialmente nas áreas do controlo do tabaco, alimentação saudável, controlo do álcool e atividade física. A ONG está preocupada com o andamento do projeto no Senado e na Câmara e é favorável à sua rejeição. O projeto está na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado e teve votação adiada para a próxima terça-feira (3).
Sopterj
Da mesma forma, a coordenadora da Comissão de Tabagismo da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Estado do Rio de Janeiro (Sopterj), Alessandra Costa, reforçou a necessidade da não legalização dos cigarros eletrônicos, com a manutenção da resolução da Anvisa que já regulamenta o assunto. O médico reiterou que a exposição ao tabagismo, sob qualquer forma, pode provocar reações alérgicas de curto prazo, como rinite, tosse, conjuntivite, exacerbação da asma.
Em entrevista à Agência Brasil, O pneumologista destacou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou este ano uma campanha para prevenir o tabagismo entre jovens e crianças contra cigarros eletrônicos e vapes. Ela lembrou que embora os cigarros eletrônicos sejam proibidos no Brasil, há grande pressão da indústria do tabaco para legalizar a produção e a venda, utilizando justificativas como maior arrecadação de impostos para os governos. Alessandra Costa alertou que diversas pesquisas comprovam que os custos causados pelas doenças decorrentes do consumo do cigarro são muito maiores do que o lucro que pode ser obtido em relação aos impostos gerados pela venda do produto.
“A Sopterj apoia a formação de todos os profissionais comprometidos com a educação infantil até a universidade. Quanto mais divulgarmos todos os malefícios causados pelo consumo de cigarros eletrônicos e vapes, melhor”. Segundo Alessandra, o combate aos fabricantes de tabaco é difícil, dado o alto poder aquisitivo do setor.
Em 1989, acrescentou, o Brasil tinha 35% da população fumando e conseguiu reduzir esse índice para 9,2%, nos dados atuais. Infelizmente, com a chegada dos vapes ou cigarros eletrônicos, como está acontecendo em todo o mundo, são os jovens no Brasil que mais utilizam e experimentam esse tipo de produto.
Alessanda garantiu que, como mostram pesquisas feitas no país, experimentar esses produtos aumenta em até quatro vezes a chance desses jovens se tornarem fumantes de cigarros convencionais. Outra questão que a preocupa é que os cigarros eletrônicos causam doenças muito mais cedo do que os cigarros convencionais.
Evali
Estudo mostra que fumantes de cigarros eletrônicos ou vaporizadores são diagnosticados com câncer 20 anos antes dos fumantes de cigarros convencionais. Em geral, os cigarros eletrônicos e convencionais causam os mesmos tipos de doenças, sendo que os cigarros eletrônicos ou vapes causam dependência química mais rápida e intensa que os cigarros convencionais, causando adoecimentos mais precoces com doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio e diversos tipos de Câncer.
“Então, precisamos preparar os professores para que esse assunto possa ser discutido em sala de aula. Desde os alunos mais novos, os professores estão preparados para falar sobre os malefícios dos cigarros eletrônicos e dos vapes com todos esses sabores que são colocados para, justamente, superar o sabor desagradável da nicotina, que é mais ácida e faz com que quem usa esses produtos vicie mais rapidamente, quando comparado aos cigarros convencionais. Além disso, adoece mais cedo”, acrescenta o especialista.
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