Mpox: Tailândia relata caso suspeito de nova varia…

O Departamento de Controle de Doenças da Tailândia informou nesta quinta-feira, 22, que está investigando um caso suspeito de infecção por nova variante do mpox — zoonose viral que ficou conhecida como varíola dos macacos e varíola dos macacos – . O paciente é um europeu de 66 anos que, durante uma viagem a África, esteve num país com circulação da nova estirpe, considerada mais letal e transmissível. O órgão, ligado ao Ministério da Saúde tailandês, informou que os testes para confirmar o clado Ib foram inconclusivos, mas, dada a possibilidade de infecção, monitora 43 pessoas que teve contato com o homem.

O país visitado pelo paciente não foi informado. A nova variante do vírus provocou um surto na República Democrática do Congo e nos países vizinhos, desencadeando um alerta internacional depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter decidido retomar a emergência global pela doença. Um caso importado foi confirmado na Suécia.

Segundo o diretor do Escritório de Prevenção e Controle de Doenças da Tailândia, Thaweechai Wisanuyothin, o paciente chegou ao país no dia 14 e, no dia seguinte, apresentou febre. Ele foi hospitalizado e testou negativo para a cepa MPox que causou a epidemia em 2022.

Os resultados para a nova variante não foram “claros”. Relativamente aos contactos, a secretaria informou que há 43 pessoas que estiveram com o homem antes de sua entrada na Tailândia.

Caso descartado na Argentina

Nesta quarta-feira, 21, o Ministério da Saúde da Argentina descartou um caso suspeito de mpox em um navio que passou pelo Brasil, no Porto de Santos, no início deste mês. Exames laboratoriais mostraram que era varicela (varicela).

Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, 791 casos da doença no país este ano. No auge da doença, eram mais de 10 mil. Desde 2022, foram registradas 16 mortes — a última em abril do ano passado. Até o momento, nenhum caso da nova cepa foi registrado.

Entenda o mpox

Descoberto em 1958, o mpox passou a ser chamado de varíola dos macacos porque foi observado pela primeira vez em primatas usados ​​em pesquisas. Ela circula principalmente entre roedores, e os humanos podem ser infectados através do consumo de carne, do contato com animais mortos ou de ferimentos por eles causados.

Os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, gânglios linfáticos inchados, calafrios e exaustão. A erupção geralmente começa no rosto e depois se espalha para outras partes do corpo, especialmente mãos e pés. A doença é endémica em países da África Central e Ocidental, como a República Democrática do Congo e a Nigéria.

Análises preliminares dos primeiros casos do surto na Europa e América do Norte ocorrido em 2022 demonstrou que o vírus foi detectado pela atenção primária ou serviços de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com homens. O OMS alertou que esta não é uma doença que afeta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contato próximo com alguém infectado.