A Lei Federal 12.303/2010, que tornou obrigatório e gratuito o chamado “teste da orelhinha” em todos os hospitais e maternidades do Brasil, completa este mês 14 anos de vigência, com saldo de mais de 35 milhões de bebês avaliados a partir de daí em diante, contribuindo para um aumento significativo no diagnóstico precoce da surdez.
Estudos regionais indicam que a obrigatoriedade de testagem, a partir de 2010, aumentou em cerca de 10 vezes o volume de identificação de doenças desse tipo no país – o que é algo a ser comemorado. Afinal, a prevenção é sempre o melhor (e mais barato) remédio, principalmente quando se trata de políticas públicas.
Por outro lado, estimativas do Ministério da Saúde indicam que a cobertura de testes ainda não atinge 100% dos brasileiros. Esse número, segundo projeções da agência, atinge pouco mais de 90% dos bebês nascidos em território nacional. Um indício, portanto, de que a conscientização ainda é necessária, como destaca Gilberto Ulson Pizarro, otorrinolaringologista do Hospital Paulista.
“É sempre importante reforçar aos pais, acima de tudo, a importância de garantirem que seus filhos realizem um teste de orelha. Este é o primeiro passo para avaliar a audição de bebês recém-nascidos e, assim, evitar a ocorrência de problemas futuros que eles pode se tornar irreversível se não for identificada precocemente nos primeiros anos de vida. A falha na detecção precoce da perda auditiva em crianças resulta em diagnósticos e intervenções muito tardias e prejudica o desenvolvimento global da criança”, enfatiza o especialista.
Acompanhe nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
Gilberto destaca que cerca de 50% dos casos de perda auditiva que existem hoje poderiam ser evitados ou suas consequências reduzidas, se fossem tomadas medidas precoces de detecção, diagnóstico e reabilitação. “Por isso, além de ser obrigatório, há também a necessidade de conscientização sobre esse tema”.
Como funciona
Rápido e indolor, o teste da orelhinha pode ser realizado enquanto o bebê dorme, sem dor ou qualquer desconforto. O exame é realizado por meio da inserção de uma minúscula sonda no canal auditivo, capaz de emitir estímulos sonoros e captar a resposta das células ciliadas externas da cóclea. Essas células participam da captação e amplificação do som.
Leia também: Perda auditiva: quando iniciar o tratamento?
Caso o exame detecte a existência de alguma alteração, o bebê é encaminhado para um serviço de diagnóstico, onde são realizadas avaliação otorrinolaringológica e exames complementares. Um deles é o PEATE, também conhecido como PEATE (Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico), que avalia de forma mais completa todo o sistema auditivo. Assim como o teste da orelha, não é invasivo e deve ser realizado enquanto a criança dorme.
Há também casos de crianças em que o teste da orelhinha deve ser refeito. Isso acontece quando elas apresentam vérnix (líquido residual do parto) no conduto auditivo externo, o conduto auditivo, o que prejudica o diagnóstico. Nessas situações, o bebê deverá realizar um novo exame após 30 dias de vida, quando se espera que esse líquido já tenha sido eliminado e as respostas serão então mais confiáveis.
empréstimo sobre a rmc o que é isso
empréstimos de banco
banco para pegar empréstimo
simulação emprestimo aposentado inss
empréstimo brasilia
empréstimo consignado para bpc loas
taxa de empréstimo consignado
simular empréstimo cnpj