O consumo exagerado de alimentos ricos em colesterol, ainda na fase de iniciação alimentar, deve ser um ponto a ser observado por toda a família. Estudo realizado pela Escola de Enfermagem da UFMG revelou que cerca de 27,4% das crianças e adolescentes brasileiros apresentam níveis elevados de colesterol. Essa descoberta mostra a importância de examinar como diferentes alimentos podem influenciar esses índices.
O colesterol é um tipo de gordura encontrada no corpo, muito importante, por exemplo, para o bom funcionamento das células cerebrais, nervos, músculos, pele e fígado. Além disso, atua na produção de alguns hormônios e vitaminas. O problema ocorre quando há excesso do conhecido colesterol ruim (LDL) em um paciente com inflamação das artérias, pois o revestimento interno dos vasos inflamados facilita o acúmulo dessa gordura, gerando placas de ateroma. Portanto, há risco aumentado de obstrução arterial e, consequentemente, de infarto e acidente vascular cerebral.
SENSO COMUM
A cultura do bom senso faz com que muitas pessoas acabem caindo em diferentes notícias falsas que rotulam certos alimentos como “campeões do colesterol” e que podem ser prejudiciais à saúde. Um exemplo clássico são os ovos, muito consumidos desde a infância, durante as refeições. Há quem sugira que seu consumo pode levar diretamente a problemas cardíacos.
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A nutricionista Ellen Durães explica que os ovos são mesmo alimentos com alto teor de colesterol, mas isso não significa que sejam vilões. “Na verdade, pode aumentar os valores de LDL (colesterol ruim) e HDL (colesterol bom). Porém, esse aumento não costuma ser significativo e também não significa que aumentará o risco de doenças cardiovasculares”, ressalta.
Ao contrário do que muitos imaginam, os ovos são uma rica fonte de proteínas e gorduras saudáveis, nutrientes essenciais para o corpo humano. O consumo moderado dentro de uma dieta balanceada não é considerado prejudicial para a maioria das pessoas.
Ellen afirma ainda que não observar outros fatores como práticas saudáveis pode ser muito mais prejudicial do que o simples fato de comer ovos. “Situações genéticas e alimentação de má qualidade, associadas a um estilo de vida pouco saudável são muito mais preocupantes. Para indivíduos com bons hábitos alimentares, consumir esse alimento pode trazer mais benefícios do que malefícios. Não há, portanto, contraindicações significativas ao seu consumo”, argumenta.
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