Congelamento de óvulos: especialista explica como se faz procedimento – Jornal Estado de Minas

Congelamento de óvulos: especialista explica como se faz procedimento – Jornal Estado de Minas



O congelamento de óvulos é uma técnica recomendada, principalmente, para mulheres que desejam adiar a maternidade por motivos pessoais, sejam eles relacionados à carreira, ao planejamento familiar de longo prazo ou a questões de saúde. Há também quem espera a chegada do companheiro ideal para depois formar família. É o que mostra uma pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Segundo o IBGE, as mulheres engravidam cada vez mais tarde no Brasil. Para se ter uma ideia, nos últimos 10 anos, o aumento de gestações na faixa etária entre 35 e 39 anos foi de 63%, por outro lado, a taxa de natalidade entre mães até 19 anos caiu 23% no mesmo período. Diante desse cenário, o congelamento de óvulos se tornou uma opção para quem quer engravidar após os 35 anos, como explica a médica Larissa Matsumoto, especialista em Reprodução Assistida do Vida Bem Vinda, unidade da FERTGROUP.

“Recomendamos que a consulta com um especialista em reprodução assistida seja incluída no check-up da mulher até os 30 anos, para que seja avaliada sua reserva ovariana e a possibilidade de congelamento de seus óvulos, principalmente quando já possuem um história de na família de menopausa precoce, ou se tiverem endometriose, por exemplo, o que pode reduzir a reserva ovariana mais rapidamente. Porém, na maioria das vezes, os pacientes chegam ao posto com mais de 35 anos, quando já houve uma perda muito grave de óvulos.”

Essa necessidade de atenção ao tempo, vale lembrar, é justificada na literatura médica, pois a fertilidade da mulher está intimamente relacionada à idade. “Isso ocorre porque as mulheres nascem com cerca de dois milhões de óvulos, que diminuem com o tempo. Sabemos que aos 37 anos já perdemos 90% dos nossos óvulos. Homens, que produzem espermatozoides a vida inteira, mas perdem em qualidade”, pontua Larissa Matsumoto.

Por isso, mesmo que a gravidez seja um plano futuro ou ainda não exista, é importante que existam alternativas posteriores, dependendo da vontade da mulher. “Quando há muita espera para a decisão de gravidez e o planejamento não é realizado, as chances de sucesso dos tratamentos de fertilidade podem ser menores, pois além da quantidade, a qualidade desses óvulos também é afetada ao longo do tempo. Perdemos a capacidade de produzir embriões com potencial para gerar gravidez”, alerta o médico.

Porém, é importante destacar que, embora seja uma boa alternativa para não estar preso ao relógio biológico, ou seja, ter um prazo para engravidar, a técnica de congelamento exige um passo a passo cuidadoso, além de um bom acompanhamento médico.

“Hoje o número de mulheres que congelam óvulos ainda é muito pequeno, e precisamos melhorar esse cenário, considerando que as chances de gravidez caem naturalmente com o passar dos anos, e uma mulher de 40 anos, com mais de um ano tem 20% chance de engravidar naturalmente, antes dos 35 anos, idade ideal para o congelamento, 85% das mulheres conseguem engravidar naturalmente”, argumenta a especialista.

Mas, afinal, como é feito o congelamento de óvulos? Segundo Larissa Matsumoto, o procedimento é feito em algumas etapas:

Estimulação

O primeiro passo para a realização do procedimento é procurar uma boa clínica de reprodução assistida onde, inicialmente, os especialistas solicitarão exames para avaliar a reserva ovariana e planejar a quantidade de óvulos a serem congelados, para que ofereçam chances de gravidez no futuro. .

Em seguida, é feito um estímulo para que esses óvulos amadureçam. A estimulação ovariana, com medicação, permitirá captar a quantidade de óvulos que o ovário possui naquele mês, avaliada pela reserva ovariana. Isso ocorre porque, normalmente, o corpo fornece um lote de folículos por mês, mas o ovário só consegue amadurecer um óvulo por ciclo menstrual. A estimulação ovariana potencializa esse processo.

Nessa fase, injeções hormonais de gonadotrofinas são aplicadas na barriga por cerca de dez dias para estimular o crescimento dos folículos ovarianos, onde os óvulos ficam “armazenados”. A posologia varia de acordo com a necessidade de cada paciente.

Esse procedimento pode trazer efeitos colaterais como dores de cabeça, inchaço abdominal, alterações de humor, entre outros sintomas. Mas ao longo desse processo, que dura entre uma e duas semanas, a evolução do paciente é acompanhada por meio de ultrassonografias, até que seja decidida a coleta de óvulos.

Coletar

Após a estimulação, é hora de agendar o dia da coleta, que dura em média 15 a 30 minutos e ocorre com o paciente anestesiado. Lembrando que algumas mulheres não sentem nenhum desconforto após a coleta, enquanto outras podem sentir cólicas por um ou dois dias. O procedimento é rápido e de baixo risco.

Congelando

No laboratório, cerca de duas horas após a coleta, os óvulos são avaliados, e apenas os maduros e saudáveis ​​passam pelo processo de congelamento.

Nessa fase, os ovos são tratados com substâncias crioprotetoras e imersos em nitrogênio líquido a 196ºC negativos, processo conhecido como vitrificação. É isso que os protege e reduz a quantidade de líquido em seu interior, evitando a formação de cristais (responsáveis ​​por danificá-los).

Por fim, são congelados em paletes identificados e armazenados em tanques por tempo indeterminado, podendo ser utilizados sempre que o paciente desejar. Porém, vale ressaltar que o Conselho Federal de Medicina (CFM) orienta que a fertilização in vitro seja realizada até os 50 anos, pois, a partir dessa idade, há um aumento significativo de complicações durante a gravidez.

Descongelar e fertilizar

Quando a mulher decide que chegou a hora de engravidar, basta ir ao posto de saúde para realizar o procedimento, ou seja, retirar os óvulos do nitrogênio líquido para serem fecundados com o esperma do parceiro (ou de um doador anônimo) , por meio de fertilização in vitro. (FIV).

Em seguida, os embriões escolhidos são implantados no útero. “Não é 100% certo que a paciente conseguirá engravidar, portanto, o ideal é congelar pelo menos 15 óvulos, para uma mulher de até 35 anos, e calculado de acordo com a idade, caso essa mulher deseje carregar o processo mais rapidamente. tarde, para que as chances de gravidez sejam altas”, finaliza.



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