Os nódulos tireoidianos são crescimentos anormais da glândula tireoide, que não são necessariamente prejudiciais ao paciente ou requerem intervenção. Tendem a aparecer mais em mulheres, sendo mais prevalentes após os 50 anos e também estão relacionados ao histórico familiar.
Segundo a oncologista e cirurgiã de cabeça e pescoço Andressa Teruya Ramos, a grande maioria dos nódulos de tireoide são benignos. Na população em geral, aproximadamente 5% de todos os nódulos são malignos. E existem alguns fatores de risco que aumentam essa probabilidade: história de radiação na cabeça ou pescoço, principalmente na infância; história familiar de câncer de tireoide; síndromes genéticas associadas ao câncer de tireoide, como Síndrome de Cowden ou Neoplasia Endócrina Múltipla (MEN).
Os sintomas associados aos nódulos incluem dificuldade em engolir, respirar e rouquidão. “O primeiro passo na avaliação dos nódulos da tireoide é um exame físico cuidadoso. A palpação do pescoço pode revelar a presença de nódulos, mas nem todos são palpáveis, principalmente se forem pequenos. A ultrassonografia (US) é o método de imagem mais comum e eficaz para avaliar nódulos tireoidianos. A US pode determinar o tamanho e as características e, assim, definir a malignidade como suspeita ou não. Exames como tomografia computadorizada e ressonância magnética só são utilizados em alguns casos específicos”, comenta o especialista.
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Quando é necessária uma biópsia?
A biópsia é realizada com punção com agulha fina (PAAF) do nódulo e guiada por ultrassonografia, sendo essencial para determinar a natureza benigna ou maligna de um nódulo. O material aspirado é analisado citologicamente.
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“A decisão de operar um nódulo de tireoide depende de vários fatores como suspeita de malignidade e nódulos grandes ou sintomáticos com sintomas compressivos como dificuldade para engolir ou respirar”, acrescenta o médico.
Existem dois tipos de cirurgia:
Lobectomia: remoção de metade da tireoide, geralmente realizada quando o nódulo é benigno e unilateral ou se houver suspeita de malignidade limitada, considerada de baixo risco
Tireoidectomia total: remoção de toda a glândula tireoide, indicada em casos de câncer de tireoide maior que 4 cm ou doença multinodular bilateral
Ablação de nódulo tireoidiano?
De acordo com as diretrizes da American Thyroid Association (ATA) de 2015, a ablação de um nódulo tireoidiano pode ser considerada em casos específicos, particularmente para nódulos benignos que causam sintomas ou preocupações estéticas, e para nódulos malignos selecionados em um ambiente de tratamento complementar. . A ablação pode ser realizada por diversas técnicas, incluindo radiofrequência, etanol ou laser.
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