Nos dias 15, 16 e 17 de novembro de 2024, São Paulo será palco de uma discussão central sobre a descriminalização da maconha durante a segunda edição da ExpoCannabis Brasil. O acontecimento ganha relevância à luz da decisão histórica do Supremo Tribunal Federal (STF), que descriminalizou o porte de pequenas quantidades de maconha para uso pessoal, gerando muitas dúvidas e debates. Especialistas e entusiastas se reunirão para esclarecer o que mudou e quais são as novas diretrizes legais. A questão é o que pode e o que não pode ser feito a partir de agora.
A recente decisão do STF determinou que indivíduos flagrados com quantidades consideradas de uso pessoal, de até 40 gramas ou seis plantas fêmeas, não serão mais processados criminalmente. Na prática, isto significa que quem for abordado por uma autoridade com aquela quantidade da substância deixará de estar sujeito a processo penal.
A decisão do julgamento ainda não foi publicada, pelo que ainda existem lacunas nos procedimentos das forças policiais e do Judiciário. Apesar da descriminalização da posse para uso pessoal, por exemplo, o consumo da substância em locais públicos continua a ser um delito sujeito a sanções administrativas.
Se houver elementos que indiquem que a pessoa está, de fato, vendendo a droga, ela poderá ser presa. É o caso, por exemplo, de quem carrega até 40 gramas, mas tem embalado em embalagens pequenas porcionadas e com recorde de vendas. Isso não significa, porém, que quem portar maior quantidade será automaticamente considerado traficante – também neste caso, se os elementos indicarem que a droga é para consumo pessoal, o indivíduo não pode ser enquadrado como traficante.
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Segundo o advogado e sócio da Melo Mesquita, Rodrigo Mesquita, estabelecer critérios é, de qualquer forma, um passo importante. “O principal avanço trazido por essa decisão é que o Brasil passou a ter uma referência clara para evitar que ocorra uma diferenciação entre quem é usuário e quem é traficante, como ainda acontece no país, com base em critérios socioeconômicos e raciais” , ele afirma.
A questão do cultivo de maconha para uso pessoal ainda é complexa, mas o limite de seis plantas pode proteger os direitos dos pacientes que plantam de cuidar da própria saúde. “Há um ganho no respeito aos direitos fundamentais dos usuários e, principalmente, maior segurança para os produtores, que não estarão sujeitos à jurisdição criminal caso tenham até 6 plantas em casa”, comenta Rodrigo Mesquita.
A decisão do STF reflete um movimento global para reavaliar as políticas sobre drogas. Vários países adotaram abordagens mais liberais ao uso pessoal de maconha. O Brasil, ao descriminalizar a posse, busca alinhar-se às tendências internacionais que priorizam a saúde pública e a redução de danos ao invés da criminalização dos usuários.
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A descriminalização da maconha para uso pessoal poderia ter vários impactos positivos. Reduz a carga sobre o sistema judicial, permite uma maior concentração em crimes mais graves e pode reduzir o estigma associado ao consumo de substâncias. No entanto, também requer uma abordagem cuidadosa para evitar que a descriminalização seja interpretada como liberalização total, o que poderia gerar conflitos com outros aspectos da legislação e da coexistência social.
ExpoCannabis
A ExpoCannabis Brasil 2024 contará com a participação de especialistas, entre advogados, médicos, pesquisadores e ativistas, que debaterão os impactos da decisão do STF e explorarão caminhos para a futura regulamentação da maconha no Brasil.
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