Com o passar dos anos, a pele ao redor dos olhos perde elasticidade e os músculos responsáveis pela sustentação das pálpebras enfraquecem. Assim, o envelhecimento natural é a principal causa do excesso de pele e da chamada ptose palpebral, termo médico utilizado para indicar a condição de queda da pálpebra superior.
Segundo a Academia Americana de Oftalmologia, a elasticidade da pele diminui devido à degradação das fibras de colágeno e elastina. Existem também fatores genéticos envolvidos e esta predisposição desempenha um papel significativo no desenvolvimento de pálpebras caídas. Pessoas com histórico familiar de ptose, ou excesso de pele nas pálpebras, têm maior probabilidade de desenvolver esse problema.
A cirurgiã plástica Ana Carolina Chociai lembra que um estudo publicado na conceituada revista Clinical Ophthalmology indicou que a hereditariedade é um importante fator de risco para ptose palpebral. “A exposição prolongada aos raios ultravioleta (UV) pode acelerar o envelhecimento da pele ao redor dos olhos, resultando em rugas e flacidez. Fumar também contribui significativamente para o envelhecimento prematuro da pele devido aos danos causados pelos radicais livres”, afirma a médica.
A prevalência de flacidez e rugas nas pálpebras atinge tanto homens quanto mulheres, mas as mulheres procuram com maior frequência os procedimentos estéticos. Um estudo publicado no Aesthetic Surgery Journal revela que aproximadamente 80% das pessoas que se submetem à blefaroplastia são mulheres.
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“A aparência das pálpebras tem impacto significativo na autoestima e na confiança dos indivíduos. A blefaroplastia pode melhorar a percepção pessoal e a satisfação com a própria imagem”, considera Ana Carolina, com base em estudo realizado pela Cirurgia Plástica e Reconstrutiva. Essa análise mostrou que os pacientes submetidos à cirurgia relataram melhoras significativas na autoestima e na qualidade de vida.
Em casos mais graves, a ptose palpebral pode obstruir o campo visual superior, interferindo nas atividades diárias como ler e dirigir. A blefaroplastia não só melhora a aparência, mas também pode corrigir problemas funcionais. O procedimento geralmente é realizado sob anestesia local, com sedação ou anestesia geral, dependendo da extensão da cirurgia e da preferência do paciente.
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Durante o procedimento, o cirurgião faz incisões nas dobras naturais das pálpebras para retirar ou reposicionar o excesso de pele, músculos e, em alguns casos, gordura. A técnica minimiza cicatrizes visíveis e oferece um resultado mais natural. A recuperação inicial leva cerca de sete a dez dias, período durante o qual os pontos são retirados e o inchaço inicial começa a diminuir. A maioria dos pacientes retoma as atividades normais, como o trabalho, em aproximadamente duas semanas, e qualquer inchaço e hematomas desaparecem gradualmente.
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