Nas últimas sete décadas, a esperança de vida global aumentou de 47 para 73 anos. No entanto, este ganho não é sinónimo de melhor saúde: vivemos mais tempo, mas não necessariamente melhor. Para se ter uma ideia, a expectativa de vida no Brasil é de aproximadamente 76 anos, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); mas estima-se que os brasileiros só viverão até os 65 anos sem doenças ou deficiências significativas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Assim, em vez de esperança de vida, os especialistas falam cada vez mais sobre esperança de vida, um conceito relativamente novo que está a ganhar popularidade à medida que a medicina e a sociedade colocam mais ênfase não apenas no prolongamento da vida. , mas na melhoria da qualidade dos anos vividos, preservando funcionalidades e cognição.
Daí porque o período de 2021 a 2030 foi declarado a “Década do Envelhecimento Saudável” pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Esta ideia está alinhada com uma abordagem mais global da saúde, que procura promover um estilo de vida saudável desde a juventude até à velhice.
E isso depende de vários fatores, como o acesso aos cuidados de saúde, incluindo alimentação, atividade física e prevenção e controle de doenças crônicas como diabetes, hipertensão e obesidade”, explica o nutricionista Diogo Toledo, do Hospital Israelita Albert Einstein.
Com a descoberta de microrganismos no século XIX e o subsequente desenvolvimento de antibióticos e vacinas, a ciência conseguiu reduzir a mortalidade e prolongar a esperança de vida. Mas a prática concentrava-se no tratamento de doenças e no cuidado de episódios agudos. Agora, a medicina entrou em outro momento, mais voltado para a previsão e prevenção, no qual existem muitos recursos e tecnologia que nos permitem prolongar a vida com qualidade.
Segundo Diogo, a diferença entre expectativa de vida e expectativa de saúde nos índices brasileiros reflete os desafios que o país enfrenta em termos de saúde pública e bem-estar em geral. “Para melhorar a saúde é necessário investir na prevenção de doenças, na promoção de um estilo de vida saudável e na melhoria do sistema de saúde”, afirma.
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Por exemplo, atualmente, estima-se que um terço das crianças sejam obesas e este número deverá aumentar para 50% em 2035. “Este é um fator de risco para doenças cardiovasculares e diabetes”, lembra o especialista.
Além disso, sabe-se que o investimento em saúde, capaz de proporcionar melhor atendimento e tratamento à população, também acaba reduzindo custos. “Não se trata de combater o envelhecimento, mas de trazer ganhos que lhe permitam aproveitar melhor esta fase da vida, conviver com a família, atividades de lazer”, explica Diogo. “E já estamos vendo uma mudança geracional, as pessoas querem que isso se estenda também aos seus filhos e netos.”
Saúde
Segundo o nutricionista Diogo Toledo, do Einstein, podemos considerar como pilares do envelhecimento saudável:
1. Prevenção de doenças: prevenir doenças por meio de vacinação, exames regulares e controle de fatores de risco para doenças crônicas — como diabetes, obesidade, hipertensão e colesterol alto, que abrem caminho para problemas cardiovasculares, além de doenças renais, demência, entre muitas outras condições.
2. Estilo de vida saudável: manter hábitos de vida como alimentação saudável, prática regular de exercícios físicos, sono adequado e controle do estresse.
3. Saúde mental: cuidar de transtornos como depressão, ansiedade, além do isolamento social, todos fatores de risco para diversas condições.
4. Ambientes saudáveis: incentivar ambientes que promovam a saúde, incluindo o acesso a espaços verdes, ar puro e água potável.
5. Espiritualidade: estudos mostram que pessoas com fé — independente de crença ou aspecto religioso — reagem melhor a situações adversas, o que traz benefícios à saúde mental.
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