A vida é a vida possível. Ou a vida é a vida que podemos fazer com a vida que nos é apresentada. É neste paradoxo que Emanuel Orth de Aragão, ator, roteirista, dramaturgo e neuropsicanalista, inicia a obra “Dez princípios antes do fim”, a ser lançada em setembro deste ano.
A narrativa combina a autoficção, em que o autor relata seu luto após a perda do pai, o nascimento do primeiro filho e a teoria da neurociência afetiva – especialidade que investiga a origem do sofrimento humano a partir de necessidades emocionais básicas não atendidas.
“A partir dessa história, da morte do meu pai, hoje com 20 anos, paralelamente ao processo de nascimento do meu primeiro filho (em 2013), usei-a como base para explicar os conceitos que discuto no livro. Demorou pouco mais de dois anos para escrever e combinar a autoficção com a teoria”, lembra.
Esta é a segunda obra lançada pelo autor que, desde 2018, dirige o canal “Autoescrita” no YouTube. Foi a partir deste espaço, com 175 mil seguidores, que Emanuel teve a ideia de escrever “Dez princípios antes do fim”, em 2021. Porém, só no ano seguinte é que a ideia foi posta no papel.
A princípio, conceitos como psicanálise, neuropsicanálise e neurociência afetiva podem assustar. Contudo, as experiências actuais não se afastam daquilo que está a ser trabalhado nestas áreas. A tristeza, por exemplo, sentida e temida por todos, passou a ser negada e abolida, quase como um pecado. A tal ponto que sua intensidade é condicionada à doença, desviada para a depressão e tratada com medicamentos.
A ansiedade, derivada do nosso instinto primitivo de escapar de uma presa ou de um inimigo, torna-se presente num mundo de imprevisibilidade. E o luto, destacado pelo autor, que, ao contrário do que pensávamos, não se limita ao momento da perda, mas dá continuidade à existência do ser, é suprimido pela falta de tempo para compreendê-lo: um sintoma presente em nosso tempo .
“Nesse contexto, entenderemos por que as pessoas estão se sentindo assim. O sentimento ruim não é simplesmente algo para se livrar, é algo para investigar”, esclarece.
“O livro é feito para quem quer entender melhor sua vida. Por isso existe uma narrativa, porque ela cria um processo de identificação, no qual você consegue se compreender, não se limitando apenas ao que está sendo explicado”, explica Emanuel.
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O neuropsicanalista, além do perfil no Instagram e do canal no YouTube, também atua no consultório, onde acompanha a neuropsicanálise – conceito criado pelo psicanalista sul-africano Mark Solms, que prioriza a conversa entre subjetividade (experiência humana) e pesquisa científica.
Oportunidade
Por uma feliz coincidência, Mark Solms vem pela primeira vez ao Brasil, a convite do Brain Congress, que começou nesta quarta-feira (26/6). É nesta ocasião que Emanuel entrevistará o neurocientista. A oportunidade não se restringe a conhecer uma figura ilustre da região, mas também é a chance de conhecer um ídolo.
“Tenho pelo menos 50 perguntas para Mark. Hoje (quinta-feira) falei com ele pelo WhatsApp e até agora não acredito que tenho o número dele”, diz casualmente. Ambos têm conversado sobre a entrevista que acontecerá amanhã (sexta-feira), que será transmitida pela emissora TV YouTube de Emmanuel.
“Li todos os trabalhos do Mark Solms, fiz workshops dele, mas sei que amanhã (sexta) estaremos conversando com pessoas que nem são psicanalistas, que estão apenas tentando entender o sentido da vida”, aponta Emanuel .
Serviço
Livro: Dez começos antes do fim
Autor: Emanuel Orth de Aragão
Editora: Máquinas Editoriais (Mqnr)
Número de páginas: 368
Preço de pré-venda: R$ 74,90 (físico); 56,00 (E-book)
Onde achar: Amazonas
*Estagiário sob supervisão do subeditor Thiago Prata
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