Para pacientes com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), a nutrição é um aspecto específico que precisa ser considerado. Nutricionista especializada em transtornos alimentares e que propõe uma metodologia centrada no paciente, Thainara Gottardi destaca a importância de uma alimentação balanceada no manejo do quadro. A especialista destaca que determinados alimentos podem influenciar diretamente nos sintomas, principalmente para corrigir deficiências nutricionais, como complexo B, zinco e vitamina D, pois são nutrientes essenciais que contribuem para o funcionamento de regiões cerebrais.
O TDAH é um tipo de distúrbio neurobiológico genético que geralmente aparece na infância. Os principais sintomas são desatenção, inquietação e impulsividade, e o tratamento inclui opções de medicamentos e ajustes no estilo de vida, e a dieta influencia no controle dos sinais da doença.
Alimentos benéficos
Segundo Thainara, incluir alimentos ricos em ômega-3, como peixes, nozes e linhaça, pode ser benéfico para crianças e adultos com TDAH. “O ômega-3 tem propriedades antiinflamatórias e é essencial para o desenvolvimento e funcionamento do cérebro. Estudos mostram que a suplementação de ômega-3 pode melhorar a concentração e reduzir a hiperatividade em algumas pessoas com TDAH”, explica.
Outro grupo de alimentos que devem ser priorizados são os que possuem creatinina, por ser um neuroprotetor que atua na proteção dos neurônios. “Muitos deles são proteínas, como carnes magras, ovos e legumes. Esses elementos ajudam a manter os níveis de açúcar no sangue estáveis e são essenciais para a produção de neurotransmissores, que regulam o humor e o comportamento”, afirma.
Alimentação saudável e exercício físico
Thainara Gottardi também alerta sobre os riscos dos alimentos industrializados ricos em açúcares refinados. “Esses alimentos podem causar oscilações nos níveis de açúcar no sangue, levando ao agravamento dos sintomas de TDAH. A ingestão elevada de açúcar está associada a maior hiperatividade e dificuldade de concentração”, destaca.
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A nutricionista sugere exercícios físicos para controlar os sintomas do transtorno, pois libera dopamina, que ajuda na concentração, fortalece o foco e a disciplina, além de influenciar positivamente na saúde como um todo.
Importância da rotina alimentar
Além da escolha dos alimentos, o especialista ressalta a importância de estabelecer uma rotina alimentar. “Ter horários fixos para refeições e lanches ajuda a regular o metabolismo e evita picos de fome que podem causar irritabilidade e dificuldade de concentração”, destaca.
Acompanhamento multidisciplinar
Outro ponto importante é manter o acompanhamento multidisciplinar para o tratamento do TDAH. “A alimentação é uma peça importante do quebra-cabeça, mas é fundamental que o paciente seja acompanhado também por outros profissionais, como psicólogos e psiquiatras. O tratamento integral é fundamental para a melhora dos sintomas e da qualidade de vida”, afirma Thainara.
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Adotar uma dieta balanceada pode ser um passo significativo para quem vive com TDAH. Embora a dieta por si só não cure a doença, ela pode ser um complemento valioso ao tratamento, proporcionando melhorias significativas nos sintomas e na qualidade de vida dos pacientes.
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