O alerta da OMS sobre venda de Ozempic falso no Brasil e no mundo – Jornal Estado de Minas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre versões falsificadas de Ozempico — um medicamento para diabetes que está sendo usado por muitas pessoas com outro objetivo: perder peso.

A OMS afirmou que monitora o crescimento do Ozempic falsificado desde 2022. Lotes falsos foram apreendidos no Brasil, nos Estados Unidos e no Reino Unido. A entidade não deu detalhes sobre os lotes falsos que foram detectados no Brasil, mas disse que isso aconteceu no país em outubro de 2023.

A OMS disse que versões falsificadas da vacina podem representar um risco à saúde.

A organização incentiva as pessoas a comprarem Ozempic apenas de fontes de saúde confiáveiscomo médicos, em vez de páginas obscuras na internet ou nas redes sociais.

Ó ingrediente ativo em Ozempic – O semaglutida – ajuda as pessoas com diabetes tipo 2 a controlar a quantidade de açúcar no sangue.

A injeção administrada semanalmente envia sinais ao cérebro de que a pessoa está satisfeita ao comer — mesmo quando come porções menores. Assim, o medicamento facilita a perda de peso ao reduzir a vontade de comer das pessoas.

Muitas pessoas sem diabetes estão usando Ozempic como medicamento para perder peso.

Isto causou uma escassez de Ozempic entre os diabéticos e criou um mercado para medicamentos falsificados.

A OMS faz quatro recomendações para que as pessoas evitem comprar Ozempic falsificado:

• Verifique o número do lote e o número de série. Evite produtos dos seguintes lotes: LP6F832, MP5E511 e lote NAR0074 com número de série 430834149057.
• Examine a caneta. Algumas canetas falsificadas apresentam um problema na parte que mostra a escala de dose.
• Avalie a qualidade do rótulo. A etiqueta pode ser de má qualidade.
• Procure erros ortográficos na embalagem.

Riscos de saúde

“Os profissionais de saúde, as autoridades reguladoras e o público em geral devem estar atentos a estes lotes de medicamentos contrafeitos”, afirmou Yukiko Nakatani, diretora assistente da OMS para medicamentos essenciais e produtos de saúde.

A OMS afirmou que algumas injeções falsificadas nem sequer contêm semaglutida e que outras contêm substâncias como a insulina, que podem causar efeitos imprevisíveis no organismo.

“Esses produtos falsificados podem ter um efeito prejudicial à saúde das pessoas”, afirmou a OMS.

O governo do Reino Unido apreendeu Ozempic falsificado em outubro do ano passado. O lote entrou no país vindo de fornecedores legítimos da Áustria e da Alemanha e parecia estar em embalagens autênticas.

A diretora de segurança da OMS, Alison Cave, disse: “Comprar semaglutida de fornecedores ilegais online aumenta significativamente o risco de receber um produto falsificado ou não licenciado”.

Ela alertou que o uso desses produtos coloca em risco a saúde das pessoas.

Uma versão mais forte do Ozempic foi desenvolvida especificamente para perda de peso. É vendido no Brasil e em outros países com o nome Wegovy e oferecido em clínicas específicas.