Marieta Severo é madrinha de campanha contra tumor ginecológico – Jornal Estado de Minas

Pelo segundo ano consecutivo, a atriz Marieta Severo será madrinha da campanha “Setembro em Flor”, criada em 2021 pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA). A ação, que acontece anualmente, conscientiza sobre os tumores ginecológicos e divulga informações à população sobre prevenção, diagnóstico e tratamento dos cânceres de colo de útero, ovário, endométrio, vulva, vagina, entre outros cânceres do aparelho reprodutor feminino, que afetam mais de 32 mil mulheres brasileiras a cada ano.

Este ano, a campanha tem como tema “Há vida além do câncer”. Entre as atividades programadas está o 2º Fórum de Políticas Públicas no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília, seguido da projeção da campanha no Congresso Nacional. No dia 28 de setembro acontecerá no Shopping Metrô Itaquera uma campanha de conscientização contra o câncer ginecológico e HPV relacionado, além de uma campanha de vacinação contra o HPV. Além dessas ações, serão publicadas postagens ao longo do mês nas redes sociais: @gbtumoresginecologicos, bem como serão publicados episódios de podcast e alertas de prevenção em alguns salões de beleza, academias, entre outros locais.

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Setembro em flor

O símbolo da campanha é uma flor, com pétalas de cores diferentes, sendo que cada cor representa um dos cinco tumores ginecológicos (colo uterino, corpo uterino, ovário, vulva e vagina). Além disso, a flor representa a vida, a pureza, a feminilidade, a fertilidade – representando o sexo feminino. Idealizada há quatro anos pela oncologista clínica Andréa Paiva Gadêlha Guimarães, diretora do EVA e coordenadora do Advocacy, a ação surgiu do desconhecimento da população brasileira sobre os tipos de câncer que afetam o aparelho reprodutor feminino.

“É de extrema importância que a campanha ajude as mulheres a se mobilizarem para a prevenção e o diagnóstico precoce por meio do exame de Papanicolau e da vacinação contra o papilomavírus humano (HPV)”, alerta a oncologista clínica e vice-presidente da EVA, Graziela Zibetti Dal Molin.

O exame de Papanicolau e a vacina contra o HPV estão disponíveis e acessíveis na rede pública. Alguns tipos de câncer podem ser silenciosos, por isso é importante conscientizar para o rastreamento controlado por meio de exames de rotina, ficar atento à persistência dos sintomas e procurar atendimento médico. Nesse sentido, promover a educação e o ensino em câncer ginecológico é um dos focos do grupo, que busca trabalhar em parceria com outras associações médicas e não médicas para melhor atender pacientes com câncer ginecológico.

Câncer ginecológico em números

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam 704 mil novos casos de câncer em 2024. O câncer ginecológico é um dos mais comuns nas mulheres, sendo os três órgãos do aparelho reprodutor feminino mais afetados pelos tumores malignos os do colo do útero. útero, ovário e corpo do útero (endométrio), que somam 32,1 mil novos casos anualmente, representando 13,2% de todos os casos de câncer diagnosticados em mulheres brasileiras.

Do total de mulheres no país que recebem diagnóstico de câncer ginecológico anualmente, a maioria tem câncer de colo de útero: são cerca de 17 mil novos casos previstos para 2024. Em seguida vem o câncer do corpo uterino (endométrio) com 7.840 casos, seguido por câncer de ovário com 7.310 casos. O câncer de ovário é o mais mortal entre os tumores ginecológicos e costuma ser descoberto em estágio avançado. Dois outros tipos, o cancro vulvar e o cancro vaginal, também se enquadram neste grupo, mas para eles não existem dados nacionais oficiais sobre novos casos por ano.

Sintomas de alerta

Os cânceres ginecológicos podem se manifestar de diferentes maneiras. Nas fases iniciais podem ser assintomáticos, mas é importante ficar atento a alguns sintomas persistentes que necessitam de investigação, como:

• Sangramento vaginal fora do ciclo menstrual
• Sangramento vaginal durante a menopausa
• Sangramento vaginal após relação sexual
• Corrimento vaginal incomum
• Dor pélvica
• Dor abdominal
• Dor nas costas
• Dor durante a relação sexual
• Abdômen inchado
• Necessidade frequente de urinar
• Lesão na vulva ou vagina
• Comichão persistente na vulva ou vagina

Caso haja suspeita de câncer ginecológico, é necessária a realização de uma série de exames detalhados para definir a história correta da paciente e chegar a um diagnóstico preciso, como:

1. Ultrassom
2. Radiografia
3. Tomografia computadorizada
4. ressonância magnética
5. Tomografia por emissão de pósitrons

Após esses exames, uma biópsia deve ser realizada para confirmar o diagnóstico. É fundamental que as mulheres estejam atentas aos sinais e procurem avaliação médica regularmente, permitindo assim o diagnóstico precoce, o que pode fazer a diferença no tratamento e na sobrevivência.