Agricultores dizem que o governo federal ‘inflacionou’ o preço do arroz

Agricultores dizem que o governo federal ‘inflacionou’ o preço do arroz



No início do mês, quando as chuvas já haviam devastado o Rio Grande do Sulo presidente Lula anunciou que iria importar arroz para evitar a escassez de produtos. “Agora com a chuva, acho que atrasamos de uma vez por todas a colheita no Rio Grande do Sul. Se for assim, para equilibrar a produção teremos que importar”, afirmou.

Posteriormente, o governo anunciou a decisão de zerar a tarifa de importação para países fora do Mercosul e adquirir um milhão de toneladas do produto.

O resultado desta combinação de novidades foi imediato: a procura aumentou e o preço do arroz rosa nas prateleiras dos supermercados. Para um dos vice-presidentes da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Domingos Velho, criou-se uma onda desnecessária. Ele afirma que, apesar do desastre, não havia possibilidade de escassez de arroz.

Produtor há mais de sete décadas, ele afirma que 86% de toda a safra de arroz do Rio Grande do Sul já estava colhida antes das enchentes. Ele afirma que as chuvas danificaram uma parte mínima das lavouras que ainda faltavam para serem colhidas.

“Como podemos falar de escassez em plena colheita? Deveremos produzir 7,2 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul, exatamente o mesmo número do ano passado”, diz Domingos.

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Ele destaca que a redução das tarifas de importação prejudicará os produtores brasileiros. “Isso vai desestimular o plantio da próxima safra. Quem vai ganhar são os intermediários, que vão comprar o arroz mais barato e não haverá queda de preço nas prateleiras.”

Federação diz que o governo cometeu um erro

Outro vice-presidente da Farsul, Paulo Ricardo Dias, diz que o governo federal “confundiu” e inflou o mercado ao levantar dúvidas sobre a colheita, anunciar a compra de arroz e até reduzir tarifas. “O anúncio foi precipitado, para não dizer incompetente”, criticou. “Não falta arroz em lugar nenhum”, destaca.

A Secretaria de Agricultura do Rio Grande do Sul emitiu nota sobre o assunto: “A colheita de arroz gaúcha é suficiente para abastecer o mercado brasileiro”. O presidente do Instituto Rio Grandense do Arroz, Rodrigo Machado, também se pronunciou: “Mesmo considerando as perdas, temos uma safra praticamente idêntica à anterior, o que nos leva a inferir que não haverá desabastecimento”.



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