história de 50 anos teve até comercial de carro

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Fiat quis destacar a economia de combustível do 147 na travessia da ponte Rio-Niterói

Fiat quis destacar a economia de combustível do 147 na travessia da ponte Rio-Niterói

Foto: Fiat/Divulgação

A Ponte Rio-Niterói completa 50 anos nesta segunda-feira (4). Inaugurada com pompa e circunstância em 4 de março de 1974, como parte da BR-101, a estrutura logo se tornou uma ligação rodoviária vital para o estado do Rio de Janeiro. Ao longo de suas cinco décadas de história, a obra já foi palco de diversas cenas memoráveis, que incluem até uma icônica propaganda de carro: neste caso, do Fiat 147.

A peça publicitária em questão pretendia mostrar que o Fiat 147 era econômico. Então o fabricante decidiu fazê-lo atravessar a ponte com apenas 1 litro de gasolina no tanque. O “detalhe” é que esse percurso tem 14 quilômetros de extensão, o que significa que, até hoje, a Rio-Niterói ocupa a posição de ponte mais longa da América Latina. Assista ao vídeo comercial:

o Fiat 147 não só cumpriu o desafio como terminou a travessia com cerca de 250ml de gasolina no tanque. Pelo menos segundo o anúncio, que afirma que o carro “percorreu os 14 quilômetros do Rio-Niterói com apenas três quartos de um litro”. A peça destaca ainda que o veículo transportava quatro pessoas a bordo e circulava “à velocidade normal da estrada”, embora sem informar o valor exato.

Neste ponto, vale lembrar que o 147 foi o primeiro carro nacional da Fiat, e o lançamento ocorreu em 1976: assim, a propaganda na Ponte Rio-Niterói foi uma das primeiras do modelo no Brasil. O hatch compacto deu origem a uma família completa de veículos, incluindo a perua Panorama, o sedã e pick-up Oggi e o Fiorino. O pioneiro da marca italiana foi descontinuado em 1986, dando lugar ao Uno.

Mais sobre a história da Ponte Rio-Niterói

Atualmente, 400 mil pessoas em 150 mil veículos atravessam diariamente a Ponte Rio-Niterói
Foto: Fábio Motta/Agência Estado/AE

A ideia de construir uma ponte para ligar os municípios do Rio de Janeiro e Niterói remonta a 1875, mas foi somente em 1963 que foi criado um grupo de trabalho para desenvolver o projeto. Em 23 de agosto de 1968, o general Arthur Costa e Silva, então presidente da ditadura militar, assinou decreto autorizando a construção.

Devido ao contexto histórico em que ocorreu a construção, a Ponte Rio-Niterói acabou servindo de tema de propaganda do regime militar. Apesar das sucessivas tentativas de mudança, até hoje é o líder do período ditatorial que dá nome oficial ao Rio-Niterói: Ponte Presidente Costa e Silva. Outro ponto sensível é o número de mortes registadas durante a construção: oficialmente, foram mortos 33 trabalhadores, mas estimativas não oficiais da época indicam que o número de vítimas mortais poderia chegar aos 400.

De qualquer forma, a Ponte Rio-Niterói é uma das mais importantes conquistas da engenharia brasileira. O Vão Central é, ainda hoje, a maior viga reta do mundo, medindo 300 metros de comprimento e 72 metros de altura. Outro número que impressiona é a quantidade de vigas espalhadas pela estrutura: são 1.152 no total. Atualmente, 400 mil pessoas, em 150 mil veículos, atravessam a ponte diariamente.

*Com informações da Agência Brasil




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