29/05/2024 – 11:00
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Dayany Bittencourt recomendou a aprovação do projeto
A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Complementar 218/23, que estabelece o Orçamento Sensível às Mulheres (OSM). O objetivo é promover a igualdade entre homens e mulheres, a inclusão social e a redução das desigualdades sociais na distribuição dos recursos da União.
A proposta é da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ) e busca integrar políticas públicas governamentais para combater a discriminação contra as mulheres.
A opinião da relatora, deputada Dayany Bittencourt (União-CE)foi favorável ao projeto na forma aprovada pelo Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, que fez alterações pontuais no texto.
“Apesar dos avanços, as mulheres ainda enfrentam desafios significativos, como a desigualdade salarial e a menor representação política”, lamenta a relatora. Segundo ela, o Orçamento Sensível às Mulheres busca abordar essas questões de forma estruturada e integrada, garantindo que as políticas públicas sejam mais inclusivo e equitativo.
Diretrizes
Dentre as diretrizes estruturantes das políticas públicas e orçamentárias do país, o OSM prevê:
- análise das necessidades específicas de homens e mulheres em diferentes áreas;
- encorajar a participação das mulheres na política e em posições de liderança;
- combate à violência contra as mulheres; Isso é
- garantir o acesso à saúde, à educação e ao emprego para todas as mulheres.
Participação popular
O projeto também garante a participação popular, por meio de fóruns regionais e consultas públicas, com possibilidade de propor sugestões durante a elaboração do Orçamento Sensível às Mulheres.
“Isso garante que a elaboração do orçamento seja um processo democrático e transparente, permitindo que a sociedade civil proponha sugestões e participe ativamente na definição das prioridades orçamentárias”, afirmou Dayany Bittencourt.
Anexo específico
Por fim, o texto obriga o Poder Executivo a elaborar e publicar, em todas as fases de elaboração e execução das leis orçamentárias, um anexo específico detalhando as ações voltadas ao Orçamento Sensível à Mulher.
“Esta medida garante transparência e responsabilidade na implementação de políticas dirigidas às mulheres, permitindo monitorização e avaliação contínua dos seus impactos”, concluiu a relatora.
Próximos passos
A proposta ainda será analisada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, antes de ser votada no Plenário.
Relatório – Lara Haje
Edição – Natalia Doederlein
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