Donald Trump nomeou o governador de Dakota do Sul, Kristi Noem, para chefiar o Departamento de Segurança Interna, disse a transição Trump-Vance na terça-feira.
Ao selecionar Noem, Trump está elevando um defensor ferrenho e ex-candidato a vice-presidente para ser o rosto de sua agenda de imigração. Se for confirmada pelo Senado liderado pelo Partido Republicano, ela terá um amplo mandato para implementar a repressão abrangente que prometeu durante a campanha, incluindo deportações em massa de imigrantes indocumentados, a contratação de mais agentes de fronteira e a construção de mais centros de detenção.
Trump disse num comunicado anunciando a escolha que ela trabalhará em estreita colaboração com o seu “czar da fronteira” Tom Homan “e garantirá que a nossa pátria americana esteja protegida dos nossos adversários”.
“Ela será uma grande parte de nossa missão de tornar a América segura novamente”, disse ele.
Noem, que atuou como membro da Câmara antes de ser eleita governadora em 2018, posicionou-se como uma defensora entusiástica do presidente eleito. Ela frequentemente encabeçou conferências conservadoras e elogiou sua abordagem leve durante a pandemia do coronavírus.
CNN relatou pela primeira vez que Trump a selecionou para o cargo.
Ela enviou tropas da Guarda Nacional de Dakota do Sul para a fronteira sudoeste pelo menos cinco vezes como governadora, abraçando a retórica belicosa de Trump sobre a região.
“A fronteira é uma zona de guerra, por isso estamos enviando soldados” ela disse em fevereiro. “A principal missão destes soldados será a construção de um muro para conter o fluxo de imigrantes ilegais, cartéis de drogas e tráfico de seres humanos para os Estados Unidos da América.”
Embora o DHS tenha um amplo portfólio fora da aplicação da imigração, Noem enfrentará um intenso escrutínio de Trump nos esforços para deportar imigrantes indocumentados e impedir passagens ilegais de fronteira. Durante o primeiro mandato de Trump, alguns dos seus principais funcionários do DHS irritaram-se com o seu foco e indicaram que gostariam que ele se preocupasse mais com outras partes da pasta do departamento.
O DHS é extenso e complexo e apenas o Departamento de Defesa tem mais funcionários. Abriga o Serviço Secreto, a agência federal encarregada da segurança cibernética e eleitoral, e um escritório interno de inteligência. É também a sede da Administração de Segurança dos Transportes e tem a tarefa de prevenir ataques terroristas nos Estados Unidos.
Mas o foco principal de Trump será a missão de imigração do departamento. Os componentes do DHS têm a tarefa de proteger a fronteira, fazer cumprir as leis aduaneiras, tratar dos pedidos de cidadania, prender imigrantes indocumentados, deter pessoas que aguardam deportação e depois transportar os deportados de volta aos seus países de origem.
A cada passo, o departamento enfrentará o escrutínio de grupos focados nos direitos dos imigrantes e nas liberdades civis.
Durante a campanha de 2024, Noem foi considerado um dos principais candidatos para ser companheiro de chapa de Trump. Mas suas chances de ser escolhida diminuíram após a publicidade negativa em torno de um trecho de sua autobiografia em que ela escreveu sobre atirar fatalmente em seu cachorro Cricket.
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